Reforma Agrária

Quem é a primeira mulher a chefiar a Superintendência do Incra no Distrito Federal

Cláudia Farinha destaca apoio dos trabalhadores rurais e prega diálogo com toda a sociedade

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Formada em Direito, Cláudia Farinha tem história na luta pelo trabalho rural, feminista e sindicalista - Instagram/Divulgação

A agricultora familiar Cláudia Farinha foi nomeada na última quinta-feira (13) como titular da Superintendência Regional do Incra do Distrito Federal e Entorno. É a primeira vez que este cargo será ocupado por uma mulher, negra e assentada da reforma agrária.

Após sua posse, Cláudia ressaltou a importância simbólica de sua nomeação e destacou que chega ao órgão contando com o apoio dos trabalhadores familiares organizados e demais lideranças de movimentos sociais e políticas do campo democrático popular.  

“Eu estou muito feliz, sobretudo porque não estarei sozinha nessa caminhada, pois conto com o apoio do campo unitário agrário do DF, com os nossos parlamentares, demais movimentos sociais e sindicais", destacou Cláudia. Segundo ela, é importante compreender a importância do espaço da superintendência do Incra para o fortalecimento da agricultura familiar. O Incra é responsável, sobretudo, pelo fomento a reforma agrária e regularização fundiária.

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“Precisamos retomar a pauta da reforma agrária e da regularização fundiária no DF e Entorno para fortalecer a agricultura familiar, que é a grande responsável pela produção de alimentos saudáveis no nosso país”, enfatizou Claudia.

Segundo ela o combate a fome, que é prioridade no governo Lula só será alcançado com o fortalecimento da agricultura familiar e por essa razão esse será um dos focos de seu trabalho.

Ao ser questionada sobre a questão da grilagem de terras e a criminalização dos movimentos sociais agrários na Região Administrativa de Brazlândia a nova superintendente do Incra defendeu o diálogo. “O Incra também tem a responsabilidade de diálogo com os outros setores da sociedade para explicar a importância dos movimentos sociais, porque hoje existe por parte de alguns um sentimento de criminalização e na verdade esses grupos são fundamentais para a produção de alimentos saudáveis, por exemplo”, destacou.

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Cláudia Farinha é uma trabalhadora rural, feminista, sindicalista, bacharela em Direito e tem uma história de luta na militância sindical, feminista, partidária e humanitária.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino