Reeleito

Assembleia Nacional de Cuba reelege Díaz-Canel para segundo mandato presidencial

Novo período de cinco anos foi confirmado durante cerimônia que também serviu de posse dos 470 novos congressistas

|

Ouça o áudio:

Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba
Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba - Irene Pérez/Cubadebate

A Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba realizou nesta quarta-feira (19/04) a eleição do presidente do país, votação que determinou a ratificação de Miguel Díaz-Canel para um segundo mandato, no qual deverá governar a ilha socialista por outros cinco anos.

A reeleição de Díaz-Canel acontece em meio à cerimônia de posse dos 470 deputados que irão compor a décima legislatura da casa, e cujos mandatos também durarão pelos próximos cinco anos.

Os parlamentares que tomam posse nesta jornada foram eleitos no pleito ocorrido no dia 25 de março, que contou com a participação de 75,87% dos cidadãos cubanos habilitados para votar no país.

Além da posse dos parlamentares e da eleição do presidente, a cerimônia também servir para escolher o vice-presidente [na qual Salvador Valdés também foi ratificado para um segundo mandato] o primeiro-ministro e os vice-primeiros-ministros.

Em seguida, o presidente Díaz-Canel deverá apresentar seus indicados para serem secretários e membros do Conselho de Ministros, os quais também precisarão ser aprovados pela Assembleia Nacional para que possam ocupar seus cargos.

Data especial

A data de posse dos representantes eleitos não foi escolhida por acaso. Neste mesmo dia 19 de abril, os cubanos comemoram o 62º aniversário da que é conhecida no país como Batalha da Praia Girón, mas que os livros de história brasileiros costumam chamar de Invasão da Baía dos Porcos.

No dia 15 abril de 1961, três meses depois da posse de John Kennedy como presidente dos Estados Unidos, um grupo de paramilitar chamado Brigada de Assalto 2506 tentou iniciar uma invasão da ilha caribenha a partir da Praia Girón, na Baía dos Porcos, local que dá os nomes pelo qual o enfrentamento é conhecido.

O grupo era compostos cerca de 1,2 mil cubanos anticastristas que viviam exilados na Flórida que foram treinados e dirigidos pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), e também contaram com o apoio de militares norte-americanos.

O objetivo da operação era derrubar o governo socialista de Fidel Castro, mas as Forças Armadas de Cuba, apoiadas com armamentos enviados pela União Soviética e outras nações aliadas do Leste Europeu, conseguiu derrotar os invasores, que se renderam quatro dias depois, em 19 de abril.