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Início Bem viver Cultura

Inclusão cultural

Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura completa 24 anos com muitos desafios para superar

Há 100 dias como gestora do equipamento, Helena Barbosa aposta em diálogos coletivos para resolver questões do entorno

24.abr.2023 às 14h34
Fortaleza, Ceará
Amanda Sobreira

Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), o equipamento mais democrático e inclusivo da cidade, completa 24 anos de história - Divulgação/Luiz Alves

Essa semana, Fortaleza será tomada por diversos eventos gratuitos e culturais. É aniversário de 24 anos do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), o equipamento mais democrático e inclusivo da cidade. A festa será dominada por artistas de diversas vertentes. Todos cearenses. Uma maneira de reconhecer e valorizar o patrimônio imaterial do estado.

As comemorações também marcam a gestão de 100 dias da superintendente Helena Barbosa. “É um grande desafio por tudo que o Dragão representa nacionalmente, mas ao mesmo tempo tive uma jornada muito longa para chegar aqui”, afirma a gestora. Graduada em Ciências Sociais, com duas décadas dedicadas a pesquisas e produções culturais, escritora, cria do Castelo Encantando, no Grande Mucuripe, Helena desceu o morro pra engolir a cidade, como costuma dizer, mas não esquece suas raízes. Mulher, negra e periférica, Helena viu no convite para assumir o CDMAC, uma oportunidade de resgatar a conexão dos moradores com o equipamento, por meio da história e da afetividade. 

O primeiro mês da gestão foi marcado por reuniões internas para conhecer as pessoas, os núcleos, as dificuldades e os anseios de quem faz o Dragão acontecer. “Não foi em vão. Precisávamos beber dessa história para construir o que temos pela frente. Para mim não faz sentido comemorar o aniversário do Dragão sem fazer a conexão do equipamento com os pescadores, que são pioneiros nessa história. As pessoas não conheciam a fundo quem foi Chico da Matilde, Tia Simoa, a representatividade da jangada e a gente não podia se desvencilhar dessa narrativa”, revela Helena.


Superintendente do Dragão do Mar, Helena Barbosa acumula duas décadas de gestão, projetos e pesquisas culturais / Divulgação/Luiz Alves

Para celebrar a história e a ancestralidade que permeiam o Dragão do Mar, o Museu da Cultura Cearense trará a exposição “Retrato de Mestre”, homenageando pescadores e marisqueiras do Ceará, em memória ao Chico da Matilde e demais jangadeiros que se revoltaram contra a escravidão no estado. Já o Acervo Mucuripe, exibirá uma obra audiovisual de três episódios, com direção de Juliana Tavares e pesquisa de Diêgo di Paula, com informações do projeto que preserva a Memória do Grande Mucuripe, por meio da arte, da pesca e da educação patrimonial. São passos importantes na direção do pertencimento, sentimento que muitas vezes precisa ser despertado. “Nossa proposta é que a comunidade de pescadores tenha o direito de pagar meia entrada nas atrações pagas do Dragão” ressalta a gestora.

Cuidar do entorno do Dragão do Mar é responsabilidade de muitas mãos, mas quem ocupa o equipamento e faz dele moradia também precisa de escuta e inclusão cultural. A preocupação com as pessoas parece ser marca registrada de Helena Barbosa.  Quando entrou, criou o Núcleo de Articulação Territorial (NAT), para conduzir o plano de cuidados para o centro cultural e seu entorno, mapeando, refletindo e propondo estratégias para sanar necessidades que o território demanda. Assim, a gestão do CDMAC e agentes do Iracema – Território Vivo (projeto conduzido pela vice-governadoria) , por meio do Programa Achegue-se! estiveram com as pessoas em situação de rua para estabelecer conexão e mapear desejos. 

Nas primeiras ações, o grupo cadastrou os moradores, entregou kits de higiene com a doação de lençóis, distribuição de lanches e definiu uma programação. “A gente quis saber como eles queriam ocupar o equipamento e a maioria escolheu assistir a um filme na parte externa do Dragão do Mar”, explica Helena. A primeira edição do Cinema na Rua, acontece nesta terça-feira (25). Dois filmes com produção cearense, de linguagem acessível, serão exibidos no Espaço Rogaciano Leite Filho,  ‘Aquele que veio do oeste’ de Wesjley Maria e ‘Rua Dinorá’ de Natália Maia e Samuel Brasileiro.

Revitalização

2013, 2016, 2018, 2021. Foram muitas as obras de requalificação e reordenamento no entorno do Centro Cultural Dragão do Mar. A falta de iluminação, pavimentação, sinalização,  limpeza e segurança estão no topo das reclamações dos usuários. São melhorias que chegam mas acabam por falta de manutenção, como acredita a universitária Ana Silveira. “Sempre a mesma coisa, ajeitam tudo e fica bonito e ocupado por algumas semanas e depois o perigo volta. Eu e meus amigos já fomos assaltados três vezes por aqui. É meu caminho de casa e sempre passo nervosa”, reclama. 

A sensação de medo e abandono é ainda mais forte para o representante Carlos Matos que trabalha perto do equipamento. “Quando comecei a trabalhar aqui perto achei ótimo porque é um espaço de cultura e entretenimento muito bacana, mas se a gente vacilar, fica sem celular e sem relógio. Eu só ando apressado e olhando para os lados. É tenso”, lamenta.

O último a desistir do espaço foi o tradicional bar "Chopp do Bixiga” que durante 25 anos funcionou ao lado do equipamento. Como parte da celebração dos 24 anos do Dragão do Mar, a gestão está promovendo uma série de encontros com empresários e trabalhadores do entorno para a construção de soluções coletivas para discutir, entre outras questões, temas como articulação territorial entre o complexo cultural e a rede parceira, os desafios da inclusão cultural e a ação cultural do CDMAC. O acesso é gratuito e livre. “É um grande pacto social coletivo para propor um plano permanente de cuidados e revitalização da região. Estamos visitando as casas de show e todos os negócios para convocar e pensar em um plano integrado para fortalecer os cuidados com o território”, afirma a gestora.

Por meio de nota, a Polícia Militar informou que o patrulhamento no entorno do Centro Dragão do Mar é feito pelos efetivo do 5º Batalhão e Policiamento Turístico (BPTUR), por meio de viaturas, base fixa e policiais a pé. De acordo com a Polícia, ainda há reforço por meio do Comando de Policiamento de Choque e Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRAIO).

Já a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Regional 12, informou que mantém um cronograma de serviços de zeladoria ao longo do território e a Praça Almirante Saldanha está contemplada com ações de limpeza.  Conforme a programação, o espaço público receberá, nesta semana, os serviços de capina, varrição e lavagem do piso. Com relação à poda de árvores, a Autarquia de Urbanismo e Paisagismo de Fortaleza (Urbfor), informa que enviará amanhã (25/04) uma equipe técnica às ruas do entorno do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura para realizar uma vistoria e levantar os serviços necessários a serem realizados.  Quanto à iluminação, a gestão municipal, por meio da Secretaria da Conservação e Serviços Públicos (SCSP), disse que vai avaliar as condições e necessidades da área para realizar manutenções nos pontos que necessitarem.

Sobre a  população em situação de rua, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), oferece alimentação diária, locais para higiene pessoal, serviços socioassistenciais e locais de acolhimento em diversos pontos do Centro de Fortaleza.

Novidades

Após três meses desde que assumiu a superintendência do CDMAC, Helena Barbosa anuncia alguns avanços, como a reabertura de espaços, como o Anfiteatro Sérgio Motta e a sala 1 do Cinema do Dragão, fechadas desde o início da pandemia; melhorias na Praça Verde do Dragão, a conclusão da recuperação de obras artísticas na Praça Verde, projeto do Museu de Arte Contemporânea do Ceará; a reabertura da rampa de acesso da Praça Almirante Saldanha para o piso superior do Dragão; e a estruturação do Núcleo de Articulação Territorial (NAT), que já iniciou a mobilização de parceiros para mapear, refletir e propor estratégias de cuidados que o território demanda, trabalho que será desenvolvido de forma integrada à programação de ação cultural do CDMAC.

Shows

Na sexta-feira (28), a partir das 19h30min no Teatro Dragão do Mar, o arquiteto, urbanista e letrista Fausto Nilo, personagem vital na história do complexo cultural, apresenta "Esquina do Brasil". Acompanhado pelos músicos Thiago Almeida (piano e teclados) e Cristiano Pinho (cordas de guitarra e violão), o artista traz no repertório canções que destacam a diversidade de suas parcerias musicais, formadas ao longo dos seus 51 anos de trajetória. A distribuição de acessos à apresentação será iniciada uma hora antes do evento, com capacidade limitada a 271 lugares. 

Já na Praça Verde, a partir das 20h, acontece um grande encontro da música "Mar de Liberdade" reúne artistas de gêneros musicais diversos, como a DJ Lolost; Os Transacionais convidam Mel Mattos e Assun; Bloco Mambembe com Mulher Barbada e Deydianne Piaf; Mateus Fazeno Rock lançando o álbum "Jesus Ñ Voltará"; e Don L e Banda com o show "RPA2". Com classificação de 18 anos, o show é gratuito mediante doação de 1kg de alimento não perecível (exceto sal) na entrada do evento.

A programação completa você pode acessar em http://www.dragaodomar.org.br/

Editado por: Camila Garcia
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