violência

Jovem denuncia cabo da PM por estupro em Saquarema (RJ); outros policiais teriam sido cúmplices

Mulher e uma amiga foram abordadas em um bar e levadas para um local deserto; corregedoria investiga o caso

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Caso foi registrado em delegacia de Araruama, outro município do estado do Rio - Reprodução/Google Street View

Quatro policiais militares suspeitos de envolvimento no estupro de uma jovem de 18 anos em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, foram presos na última segunda-feira (1º). A vítima e uma amiga relatam que foram abordadas por dois agentes dentro de um bar sob suspeita de estarem com drogas.

Leia mais: 

De acordo com a Corregedoria da Polícia Militar, elas teriam sido levadas para um terreno deserto onde ocorreu o estupro. A investigação analisou dados do GPS das viaturas utilizadas pelos policiais e imagens das câmeras de monitoramento da cidade. Segundo a denúncia, quatro PMs participaram do crime: além do homem que cometeu o estupro, outros três foram testemunhas.

O portal G1, que teve acesso ao depoimento da jovem, noticiou que vítima disse ter sido algemada, xingada, e agredida pelo policial que teria cometido o estupro. Ele ainda teria ameaçado matá-la com um canivete. 

No depoimento a vítima afirma que ouviu um policial dizer ao suspeito de cometer o estupro: “você não perde essa mania". Após a violência sexual, as mulheres foram deixadas no mesmo bar onde ocorreu a abordagem.

Homenagem na Câmara

No dia 4 de abril, dois dos suspeitos de terem sido cúmplices do estupro receberam a medalha de bravura Cleyson da Costa Almeida da Câmara Municipal de Saquarema. 

A homenagem é concedida a pessoas “que mereçam destaque por seus feitos e comportamento exemplar ou por atos de coragem e bravura no cumprimento do dever e relevantes serviços prestado à população ou ao seus Poderes Públicos”, segundo a Câmara. 

Em nota, a Casa informou que "entrará em contato com a Corregedoria da Polícia Militar para saber o andamento das investigações e para revogar a homenagem caso se comprove a omissão no dever de agir perante a vítima”.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Clívia Mesquita