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Quebradeiras de Coco Babaçu inauguram Centro de Formação com financiamento do Fundo Amazônia

Entidade vai atender mulheres dos estados do Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Centro de Formação foi inagurado em São Luís - Elitiel Guedes/MST

Em iniciativa inédita, o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco (MIQCB) inaugurou o Centro de Formação das Quebradeiras de Coco Babaçu, criado com financiamento do Fundo Amazônia. O objetivo é atender mulheres adultas e jovens, com especial atenção para quilombolas, indígenas, agroextrativistas e jovens residentes nas comunidades tradicionais.

O MICQB atua nos estados de Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins, e o Centro de Formação vai atender quebradeiras que vivem em todos esses estados. A primeira turma terá 30 participantes, com idades de 29 a 70 anos. A segunda terá 30 jovens, de 17 a 28 anos.

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O lançamento da iniciativa foi formalizado no último dia 2, em evento em São Luís (MA), onde acontecerão as aulas presenciais. No total, os cursos terão 300 horas/aula de formação, sendo 96 horas nas comunidades locais e outras 24 em intercâmbio em regionais do Movimento.

Entre as áreas de atuação do novo Centro estão elaboração, implementação e gestão de projetos socioambientais; auto-organização das mulheres, das juventudes, movimentos sociais e do MIQCB; e direito à alimentação saudável e direitos dos povos tradicionais e camponeses.

O financiamento do Fundo Amazônia tem gerência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o Centro de Formação faz parte do Projeto Floresta de Babaçu em Pé, criado para fortalecer comunidades tradicionais de quebradeiras de coco de babaçu, que têm sua fonte de renda pautada nessa atividade.

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Mais de 300 mil mulheres são apoiadas pelo MICQB nos quatro estados de atuação. O Movimento atua para representar as trabalhadoras e garantir suporte em demandas políticas e sociais, incluindo a luta por território. O MICQB tem apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Com informações do MIQCB.

Edição: Nicolau Soares