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Inflação desacelera e fica em 0,61% em abril, mas remédios tiveram forte alta

Apesar do aumento dos medicamentos, índice ficou abaixo do registrado em março e na comparação com abril do ano passado

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Preços dos medicamentos tiveram alta e influenciaram na subida do índice - Fábio Pozzebom/Agência Brasil

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação do país, ficou em 0,61% em abril. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e ficaram abaixo dos registrados nos meses de março deste ano (quando o IPCA ficou em 0,71%) e abril de 2022 (1,06%).

No acumulado de 12 meses, a inflação oficial está em 4,18%. Este é o menor registro do índice desde outubro de 2020, quando estava em 3,92%. Já o acumulado de 2023 até aqui é de 2,72%.

O resultado deste mês de abril teve forte influência do setor de saúde e cuidados pessoais, principalmente dos medicamentos, que tiveram alta de 3,55%. Além disso, houve alta também nos custos dos planos de saúde: 1,2%.

Os custos com alimentação e bebidas subiram 0,71%, segundo o IBGE. As principais altas foram nos preços do tomate (10,6%) e do leite longa vida (4,9%). Por outro lado, houve quedas nos custos da cebola (-7%) e óleo de soja (-4,4%).

Outro setor relevante, o de transportes, teve alta de 0,56% em abril, bem abaixo da variação de março, que tinha sido de 2,11%. Embora o preço do etanol tenha subido 0,9%, óleo diesel (-2,2%), gás veicular (-0,8%) e gasolina (-0,5%) caíram.

O IPCA é divulgado pelo IBGE desde 1980, e leva em conta os gastos de famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos mensais. O cálculo é feito em 10 regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

Edição: Rodrigo Durão Coelho