Avanço

Petrobras abandona modelo de preços de combustíveis ligados ao dólar, de Temer e Bolsonaro

Empresa vai levar em conta custos ao cliente como valores a serem priorizados na determinação dos preços

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Estatal vai alterar a forma de precificação dos combustíveis nas refinarias - André Motta de Souza/Agência Petrobras

A Petrobras confirmou nesta terça-feira (16) a mudança na política de preços de combustíveis praticados nas refinarias, colocando fim na paridade com o mercado internacional, adotada pelo governo golpista de Michel Temer (MDB) e reforçada no mandato de Jair Bolsonaro (PL), que fez o Brasil ter um dos combustíveis mais caros do mundo enquanto pagava dividendos astronômicos a acionistas.

A partir de agora, a empresa deixa de se colocar obrigatoriamente alinhada aos preços praticados no exterior (e que tinham forte influência do câmbio, por exemplo), e vai considerar a participação da Petrobras em cada mercado e região onde a empresa atua. Além disso, serão consideradas "a otimização dos nossos ativos de refino e a rentabilidade de maneira sustentável", disse a empresa em comunicado.

"Com essa estratégia comercial, a Petrobras vai ser mais eficiente e competitiva, atuando com mais flexibilidade para disputar mercados com seus concorrentes. Vamos continuar seguindo as referências de mercado, sem abdicar das vantagens competitivas de ser uma empresa com grande capacidade de produção e estrutura de escoamento e transporte em todo o país", disse o presidente da estatal, Jean Paul Prates.

A Petrobras garante que a nova política de preços vai garantir a realização dos investimentos previstos no Planejamento Estratégico da companhia, ao mesmo tempo em que permite maior previsibilidade nos preços praticados, já que a empresa não estará sujeita a variações súbitas de preços em mercados no exterior. Os reajustes nos preços não terão periodicidade definida.

O comunicado destacou que a estratégia anunciad anesta terça está alinhada com a Diretriz de Formação de Preços no Mercado Interno, aprovada pelo Conselho de Administração em 27 de julho de 2022.

Edição: Rodrigo Durão Coelho