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Início Opinião

COMBATE AO RACISMO

CASO VINI JR. A violência racista vem do opressor, que ainda tenta acusar a vítima

Precisamos de práticas antirracistas com punições exemplares, dentro e fora de campo

22.maio.2023 às 20h20
Curitiba (PR)
Juliana Mittelbach

Vini Jr. mostra ao árbitro um dos torcedores em Valência que continuou berrando ofensas racistas - Reprodução

"Não confunda a reação do oprimido com a violência do opressor", Malcolm X

A sociedade continua esperando que nossa reação a ataques racistas seja dócil e tranquila. Boa parte dos não negros espera que nós pacientemente eduquemos os nossos agressores explicando por que sua atitude foi racista e como não mais agir assim.

Questionam nossa humanidade ao nos comparar com animais, ferem nossa essência e de nossa ancestralidade, agem como se isso fosse aceitável em determinados contextos e esperam de nós passividade na resposta. Já nos livramos dos grilhões da escravização. Nossos ancestrais não aceitaram, e nós também não aceitamos e nem aceitaremos, ser açoitados sem reagir.

O fato posto é que se não reagimos com tranquilidade somos punidos antes mesmo do agressor. No futebol quando atletas negros se exaltam diante de ofensas racistas que sofrem, são expulsos e por vezes acusados de incitar a torcida adversária.

Na política cassam nossos mandatos e nos acusam de falta de decoro por lutar na defesa de vidas negras. Nas ruas somos julgados como suspeitos, somos seguidos por seguranças e se denunciamos somos nós os encrenqueiros enquanto eles só faziam seu trabalho. Para as forças de segurança, qualquer movimento é entendido como resistência a abordagem, qualquer objeto pode ser confundido com arma, qualquer palavra dita pode ser desacato e assim somos ceifados.

Tenho acompanhado a forma desastrosa como a Primera División da Liga de Fútbol Profesional da Espanha, conhecida como LaLiga, tem conduzido as ações referentes aos crimes de racismo praticados contra o jogador brasileiro Vinicius Junior. Quando reiteradamente são deferidos ataques racistas contra um atleta e a organização do campeonato não adota medidas efetivas para coibir essa prática está, sim, sendo conivente. Chama-se racismo institucional.

O presidente da LaLiga, Javier Tebas, faz coro com os racistas quando usa suas redes para negar racismo no campeonato que organiza. Ao invés de se posicionar de forma intransigente no combate ao racismo, manifestar solidariedade ao Vini Jr e buscar punições para encerrar essa prática, ele optou em defender a imagem do torneio e culpabilizar a vítima. Ao fim de sua postagem ainda ofende o jogador, e nossa inteligência, ao sugerir que ele é desinformado e manipulável.

Vini Junior sofreu ofensas racistas, desejos de morte, um boneco enforcado foi exposto pela torcida adversária e quando reagiu a ser chamado de macaco foi expulso do jogo, atacado nas redes sociais pelo presidente da LaLiga e acusado por alguns setores da mídia esportiva de ser culpado pelas agressões que tem sofrido por supostamente provocar a torcida adversária.

É assustadora a irresponsabilidade de alguns veículos de imprensa sobre esse caso. Ao produzir matéria justificando crimes de ódio “por provocação” o recado transmitido para o mundo esportivo é que crimes de racismo são aceitáveis em determinadas circunstâncias. Racismo é inaceitável em qualquer situação e a interpretação de caso isolado não deveria existir quando se ofende toda uma raça.

O governo brasileiro em nota assinada em conjunto pelos ministérios de Relações Exteriores, de Igualdade Racial, da Justiça e Segurança Pública, do Esporte e dos Direitos Humanos e Cidadania questionou quais medidas a Fifa, a Federação Espanhola e a La Liga, tomarão diante da gravidade dos fatos.

Os clubes precisam ser penalizados pela conduta de seus torcedores. Precisa haver punições imediatas, no momento do ato racista, com interrupção da partida e perda dos pontos do time da torcida agressora. Além disso, em caso de racismo praticado por torcedores, o clube deveria perder o mando de campo e seguir com jogos sem torcida naquela rodada. Exagero? Não. É defesa de direitos humanos e ações para coibir práticas criminosas. Quando o ato racista for praticado pelos atletas precisa constar em contrato multa direcionada ao ofendido, ao clube e a possibilidade rescisão de contrato.

Parafraseando Angela Davis, dizer que não é racista é insuficiente e possivelmente não verdadeiro. Precisamos de práticas antirracistas com punições exemplares, dentro e fora de campo. Se não for assim seguiremos com a reação da vítima sendo vista como mais grave que a violência do opressor.

Seguimos cuidando dos nossos. Toda nossa solidariedade ao Vinicius Junior!

*Juliana é feminista negra, enfermeira no Complexo Hospital de Clínicas UFPR, Mestranda em Saúde Coletiva – UFPR e Vice-presidente do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
**Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Pedro Carrano
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