Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos Direitos Humanos

Território indígena

No Ceará, povos indígenas protestam contra aprovação do Marco Temporal

Houve bloqueio das estradas em Caucaia, Maracanaú e Crateús; indígenas e pesquisadores lamentam votação

31.maio.2023 às 16h53
Fortaleza (CE)
Amanda Sobreira

Manifestações pela demarcação de terras e a luta pela rejeição do PL 490/2007 do marco temporal também são parte dos registros da mostra do fotógrafo Vherá Xunú - Foto: Vherá Xunú

Povos indígenas de todo o Brasil pressionam contra a aprovação do PL 490/2007, o chamado Marco Temporal das Terras Indígenas, mas o projeto foi aprovado na noite desta terça-feira (30). Em protesto, ao longo do dia, diversas manifestações foram registradas no país. No Ceará, representantes de diversas etnias bloquearam estradas em Caucaia e Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza e em Crateús, no sertão do estado.

Foram 283 votos a favor e 155 contra o projeto, que no seu texto base determina que apenas são terras indígenas, territórios ocupados pelos povos originários, a partir da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988. O texto da mensagem diz ainda que os povos tradicionais precisam comprovar a ocupação e o uso desses territórios para atividades produtivas e necessárias à preservação dos recursos ambientais e à reprodução física e cultural.

Leia: PL 490: se virar lei, marco temporal dará a invasores direito sobre as terras indígenas

O Marco Temporal é considerado um retrocesso pelos povos originários, por defensores da causa, pesquisadores e especialistas no tema. A lei proíbe a ampliação de terras já demarcadas, permite a exploração mineral nos territórios e flexibiliza o o contato do homem branco com os povos que vivem isolados.

“Vai gerar nova onda de genocídio dos indígenas que vivem em isolamento”, acredita o antropólogo Ronaldo Queiroz, pesquisador que coordena o Grupo Técnico (GT) de Identificação e Delimitação da Terra Indígena Anacé na Funai. Caso a nova legislação seja aprovada na Câmara Federal, a competência de demarcação de terras indígenas sai da responsabilidade do Poder Executivo e passa para o Legislativo.

Ronaldo acredita que o impacto gerado por esse tipo de mudança irá intensificar a catástrofe humanitária divulgada sobre os Povos Yanomami e facilitará a atuação das facções criminosas dentro dos territórios.

“Alcançará outros povos indígenas situados na bacia amazônica e ao longo do Rio Negro, por exemplo. Além de tudo isso, o processo de desertificação da Floresta Amazônica, como do Cerrado, como das áreas de Mata Atlântica, de Mangue e etc, será intensificado”, alerta o pesquisador.

:: Governo vai ao STF por demarcação nos Povos Indígenas, Dallagnol é intimado a depor e mais ::

A titular da Secretaria dos Povos Indígenas do Ceará, Juliana Alves, Cacika Irê do povo Jenipapo-Kanindé, diz que a iniciativa da bancada ruralista é retrato do descaso com os povos originários. "A votação, em regime de urgência e sem amplo e profundo diálogo, demonstra descaso com nossos povos e com as entidades que os representam. O legislativo vai esvaziar as atribuições do Ministério dos Povos Indígenas; um ministério criado pelo atual governo e que apenas faz uma reparação histórica”, ressalta.

A secretária também lamentou sobre o futuro do Brasil e sobre os ensinamentos que estamos deixando para as crianças do  país. Para a Cacika, “o Brasil, e o congresso nacional, caminham na contramão do mundo”, sem preservar os povos e os biomas. “Isso demonstra, tristemente, que caminhamos para o colapso humanitário e ambiental pois aqui fazemos política com o interesse do capital apenas”.

A Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) aponta, além do marco temporal, outras ameaças aos indígenas brasileiros apresentadas no PL 490. Segundo o documento, o projeto de lei propõe a liberação de construções de rodovias, hidrelétricas e outras obras em terras indígenas sem consulta livre, prévia e informada das comunidades afetadas, violando tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário como a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Para Adriana Tremembé, uma das lideranças indígenas do Povo Tremembé da Barra do Mundaú, que compõe a coordenação da Federação dos Povos Indígenas do Ceará, o Marco Temporal “é  um projeto de morte” desenhado para beneficiar os ruralistas. “Estamos juntos para garantir nossos direitos previstos na Constituição. A nossa força é com nossos encantados e nossos ancestrais”, disse.

:: Sob protestos dos povos originários, Câmara aprova PL do Marco Temporal ::

De acordo com o Instituto Socioambiental (ISA), que monitora as publicações feitas no Diário Oficial da União, o Brasil tem 421 terras indígenas homologadas, que somam 106,6 milhões de hectares e onde vivem cerca de 466 mil indígenas. Ainda de acordo com o Instituto, há 303 terras indígenas que ainda não conseguiram obter a homologação presidencial, ou seja, que estão em alguma fase do processo de demarcação. Essas terras somam 11 milhões de hectares, onde vivem cerca de 197 mil indígenas. 
 

Saiba como foi a primeira votação

O PL 490 tramita na Câmara Federal desde 2007, mas com a proximidade do julgamento no Supremo Tribunal Federal, que acontece no próximo dia 7 de junho, a pauta foi acelerada e votada em regime de urgência na semana passada e aprovada com 324 votos a favor e 131 contra.

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PP, o PSD, o Republicanos, União Brasil, Podemos, PSDB, Novo, Patriota e PSC garantiram a maioria dos votos dos seus deputados em favor da urgência. Por outro lado, votaram majoritariamente contra os partidos de esquerda: PT, PSB, PCdoB, Psol, PV e Rede.

Dos 22 parlamentares cearenses na Câmara Federal, 9 votaram a favor do Marco Temporal. São eles: Yury do Paredão, Moses Rodrigues, Matheus Noronha, Júnior Mano, Dr. Jaziel e André Fernandes, todos do Partido Liberal. Dayany Bittencourt, Danilo Forte e Fernanda Pessoa, esses, deputados estaduais eleitos pelo União. 

STF

O julgamento do marco temporal começou em agosto de 2021, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes. O placar está em 1 a 1. O relator, ministro Edson Fachin, posicionou contra a tese do marco temporal. Em seu voto, o ministro afirmou que “a data da promulgação da Constituição de 1988 não constitui marco temporal para a aferição dos direitos possessórios indígenas”.

Já o ministro Kassio Nunes Marques divergiu do relator e se manifestou pela aplicação do marco, alegando que reconhecer pedidos de posse posteriores à data de promulgação da Constituição “implicaria o direito de expandi-las ilimitadamente para novas áreas já definitivamente incorporadas ao mercado imobiliário”.
 

Editado por: Francisco Barbosa
Tags: marco temporal
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

ARARAS E PAPANGUS

Exposição de arte ‘expressionista tropical’ é inaugurada com lançamento de romance sobre o tema

Sucateamento

Instalada a CPI do Desmonte do Dmae na Câmara de Vereadores de Porto Alegre

STF

Moraes nega suspensão do processo que investiga Bolsonaro por envolvimento em trama golpista

TRATORAÇO

Agricultores bloqueiam estradas no RS por renegociação das dívidas dos últimos quatro anos

INCLUSÃO

Paraíba sanciona lei que garante vacinação em casa para pessoas com autismo

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.