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LUTA

Após pressão, norma que restringia consulta prévia a povos tradicionais de MG é revogada

Resolução do governo Zema perdurou por um ano. Em encontro, realizado em maio, lideranças lançaram carta com exigências

06.jun.2023 às 15h36
Belo Horizonte (MG)
Redação

Pouco antes da revogação, 100 lideranças de Minas Gerais, entre 19 a 21 de maio, em Ribeirão das Neves (MG). - Foto: Alenice Baeta/ Cedefes

Foi revogada a Resolução nº 01, das secretarias de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas Gerais, que regulamentava a consulta prévia aos povos e comunidades tradicionais de Minas Gerais impactadas por grandes empreendimentos. A revogação foi publicada no Diário Oficial na última quarta (31).

A resolução vigorou por pouco mais de um ano e, durante esse período, foi uma das principais preocupações das populações tradicionais mineiras. Isso porque a norma somente conferia o direito de serem consultados os povos e comunidades certificados oficialmente, contrariando o princípio da autodeterminação.

O prazo de 45 dias para a realização da consulta e a possibilidade do próprio empreendedor realizá-la, pontos previstos na resolução, também foram duramente criticados pelos povos e comunidades.

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A consulta livre e informada é prevista na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário, e é um instrumento de proteção das comunidades contra a mineração, o agronegócio, as barragens, grandes obras e outros empreendimentos de forte impacto.

Pressão histórica

A revogação aconteceu dias depois de um grande encontro de mais de 100 lideranças de Minas Gerais, entre 19 a 21 de maio, em Ribeirão das Neves (MG). O evento lançou uma carta política com 14 reivindicações, com destaque para a revogação imediata da resolução.

O documento foi assinado por 45 povos e comunidades do estado, entre eles povos indígenas, quilombolas, vazanteiros, pescadores, vacarianos, geraizeiros, ciganos, carroceiros, congadeiros, reinadeiros, povos de terreiros, apanhadoras de flores, veredeiros, chapadeiros e faiscadores tradicionais, além de dezenas de movimentos populares e parlamentares apoiadores.

“Denunciamos que o estado de Minas Gerais viola sistematicamente os direitos dos povos e das comunidades tradicionais. Sob o manto de um falso projeto de desenvolvimento, empreendimentos minerários do grande capital têm devastado comunidades inteiras, contaminado as águas e exposto as pessoas a problemas graves de saúde”, lamentam.

A carta requer também a posse e condições de funcionamento para a Comissão Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais (CEPCT), e que através dela o governo mineiro cumpra a lei estadual 21.147/14, que determina a Política Estadual dos Povos e Comunidades Tradicionais de Minas Gerais, em especial a retomada da emissão de certidões de autorreconhecimento às comunidades.

Carta

Leia as 14 exigências do Encontro de Povos e Comunidades Tradicionais de Minas Gerais:

  1. O nosso direito à Consulta e ao Consentimento Prévios, Livres, Informados, e de Boa-fé sejam efetivados, e os nossos Protocolos de Consulta sejam respeitados. Temos o direito de dizer não;
  2. A Resolução Conjunta n° 01/2022 da SEDESE/SEMAD seja imediatamente revogada;
  3. A Comissão Estadual de Povos e Comunidades Tradicionais (CEPCT) seja empossada e tenha orçamento próprio e condições de funcionamento, para que tenhamos no estado de Minas Gerais um espaço de defesa dos nossos direitos;
  4. O Programa de Proteção de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos do estado de Minas Gerais seja fortalecido, para que ele de fato cumpra seu papel de proteger lideranças ameaçadas e comunidades em situação de risco e vulnerabilidade;
  5. O governo do estado através da CEPCT, cumpra com a Lei estadual n° 21.147/14 que instituiu a Política Estadual dos Povos e Comunidades Tradicionais de Minas Gerais, em sua integralidade, especialmente, para que seja retomada a emissão de certidões de autorreconhecimento às comunidades, promova o mapeamento desses Povos e regularize, com celeridade, os seus territórios tradicionais. Ressaltamos, ainda, que o Governo de Minas Gerais deve respeitar a autodeterminação dos Povos e Comunidades Tradicionais, independente de emissão de certidão;
  6. O Supremo Tribunal Federal reconheça o direito originário dos povos indígenas aos seus territórios, independentemente de qualquer marco temporal;
  7. As comunidades atingidas pelos brutais crimes socioambientais ocorridos no estado de Minas Gerais tenham garantida a reparação integral dos danos sofridos;
  8. A imediata suspensão de todos os licenciamentos ambientais que atingem Povos e Comunidades Tradicionais até que nossos direitos, incluindo o direito territorial e à Consulta e Consentimento Prévios, Livres, Informados e de Boa-fé, sejam efetivados;
  9. A investigação séria das relações entre o Ministério Público de Minas Gerais com grandes empresas, sobretudo mineradoras, que dificultam nossas (r)existências, com punição adequada a quem delas indevidamente se beneficia;
  10. As Secretarias Municipais de Assistência Social estruturem equipes volantes para fazer uma busca ativa, viabilizando o Cadastro Único dos Povos e das Comunidades Tradicionais para possibilitar a identificação da diversidade social brasileira, dando suporte ao reconhecimento de grupos populacionais em respeito aos seus modos de vida, e possibilitar o acesso adequado às políticas públicas;
  11. O acesso à informação e à formação referente a leis de fomento à cultura e patrimônio para acesso dos Povos e Comunidades Tradicionais;
  12. O respeito à Comunidade Tradicional Carroceira de Belo Horizonte e da Região Metropolitana de Belo Horizonte, cujos direitos têm sido violados por meio de proposição de leis. Assim como todos os Povos e Comunidades Tradicionais, carroceiros e carroceiras, têm em seus animais companheiros de vida e trabalho. O racismo ambiental, que na falsa ideia de separação entre humanos e natureza, nega os direitos à vida e ao território, viola não apenas a Convenção 169 da OIT, mas a nossa tradicionalidade dessas comunidades;
  13. O governo Lula reconheça por meio de decreto a Emergência Climática em nosso país, conforme reivindicação apresentada pelos Povos Indígenas no Acampamento Terra Livre (ATL);
  14. O respeito aos Povos e Comunidades Tradicionais do Vale do Jequitinhonha e do Vale do Rio Pardo, fortemente afetados pelas investidas do governo Zema com projetos como o “Projeto Vale do Lítio”, que envolve a venda de nossos territórios, reduzindo-os a “riquezas minerais”, para o capital estrangeiro. Não somos Vale do Lítio, somos Vale do Jequitinhonha!
Editado por: Larissa Costa
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