Os servidores técnico-administrativos da Universidade de Brasília (UnB) realizaram uma assembleia geral nesta terça-feira (13) e decidiram encerar a greve iniciada no dia 2 de junho. A principal reivindicação da greve era a manutenção do pagamento da Unidade de Referência Padrão (URP), que é sustentada por uma liminar que havia sido cassada pelo ministro Gilmar Mendes, mas o magistrado suspendeu sua própria decisão até o julgamento do recurso.
De acordo com a assessoria jurídica do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (SINTFUB), a suspensão da cassação da liminar que sustenta a URP foi uma resposta ao recurso ajuizado pelo sindicato. Ainda segundo a defesa do SINTFUB, a União terá um prazo de 30 dias para se manifestar sobre o recurso e depois disse que Gilmar Mendes deverá colocá-lo em pauta no plenário virtual da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
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A previsão é de que o julgamento do recurso do SINTFUB no STF aconteça apenas em agosto, em razão do recesso do Judiciário. Neste julgamento a assessoria jurídica do Sindicato terá a oportunidade de fazer sustentação oral, entregar memorial e despachar com os demais ministros. No recurso, o SINTFUB pede a reconsideração para que seja mantida a URP para todos ou a modulação dos efeitos.
De acordo com o presidente do SINTFUB, Edmílson Lima, na assembleia foi aprovada a suspensão da greve, mas também a manutenção do estado de greve, para manter a mobilização em razão do julgamento do recurso no STF. “Inúmeras pessoas e movimentos contribuíram com nosso sucesso e esperamos continuar mobilizados para lutar para construir uma campanha salarial”, afirmou Lima.
Apoio para a luta
“Acho que a gente tem um desafio aqui para os próximos dias”, disse a presidente da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), Eliene Novaes, reforçando a importância da luta sindical e acrescentou que o momento foi "oportuno pra gente poder abrir esses caminhos. E nós temos o espaço político, um governo que tem apontado essa abertura pra esse diálogo”.
Já a deputada federal Érika Kokay (PT) comemorou o efeito suspensivo da decisão de Gilmar Mendes e disse que agora é possível negociar com mais tranquilidade. “Neste momento a gente pode dizer que vocês conquistaram e a URP fica até que nós tenhamos prazo para que façamos uma discussão estruturante e essa discussão pressupõe uma mesa de negociação”, acrescentou a deputada.
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O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do DF, Rodrigo Rodrigues, destacou a importância do movimento grevista para assegurar o pagamento da URP até a decisão final do recurso. “Parabéns a luta dos servidores técnicos da Universidade de Brasília, é uma luta de toda a classe trabalhadora, é uma luta da defesa da UNB, uma luta da defesa da educação pública no nosso país”, declarou.
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Fonte: BdF Distrito Federal
Edição: Flávia Quirino