O bilionário Bill Gates anunciou nesta quinta-feira (15) que sua fundação, a Bill & Melinda Gates Foundation, investirá US$ 50 milhões (cerca de R$ 240 milhões) nos próximos cinco anos em parceria com instituições chinesas em pesquisas sobre doenças infecciosas e novos medicamentos. A quantia vai para o Instituto Global de Descoberta de Medicamentos para a Saúde, em Pequim, e o governo da capital chinesa ofertará também a mesma quantia.
O foco do projeto será combater doenças como tuberculose e malária, que afetam mais os países mais pobres. A Universidade Tsinghua irá colaborar com seus prédios e instalações de pesquisa e o convênio também prevê uma parceria com o Instituto da Califórnia para Pesquisa Biomédica.
"A China obteve ganhos significativos na redução da pobreza e na melhoria dos resultados de saúde dentro da China. Tenho esperança de que a China possa desempenhar um papel ainda maior ao enfrentar os desafios atuais, especialmente aqueles enfrentados pelos países africanos", disse Gates em discurso no Instituto Global de Descoberta de Medicamentos para a Saúde.
Em sua fala, o fundador da Microsoft também destacou que na década 1950, a China tinha cerca de 30 milhões de casos de malária anualmente, além de 300 mil mortes pela enfermidade. Em 2017, não foi registrada nenhuma infecção por malária na China e, em 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) certificou o país como livre da malária.
"Essa é uma conquista incrível. Mas os cientistas chineses estão fazendo mais do que apenas ajudar a eliminar a malária em casa. Eles estão construindo esse legado desenvolvendo soluções de última geração para ajudar a erradicar a malária em todo o mundo", disse Gates.
De acordo com a agência de notícias Reuters, Gates deve se encontrar com o presidente da China, Xi Jinping, na sexta-feira (16) e esta seria a primeira agenda de Xi com um empresário estrangeiro em anos.
