crise humanitária

Terra Indígena Yanomami completa um mês sem alertas de garimpo ilegal, diz PF

Polícia Federal diz que pretende retomar territórios ocupados por garimpeiros remanescentes e efetuar prisões

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Ação do Ibama destrói aeronave de garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami - Divulgação/ Ibama

A Terra Indígena Yanomami está há mais de 30 dias sem alertas de garimpo ilegal, atividade que provocou uma crise humanitária no território. O último caso foi registrado no dia 6 de maio pelo sistema de monitoramento por satélite.

A informação foi divulgada nesta terça-feira (20) pela Polícia Federal (PF), órgão responsável pelo monitoramento. Segundo a PF, este é o maior período sem algum alertas de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami desde agosto de 2020.

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A baixa das atividades ilegais ocorre quatro meses após o governo federal deflagrar a operação Libertação, que mobiliza 700 integrantes de diferentes instituições governamentais, com o objetivo de por fim ao garimpo ilegal no território Yanomami.

Entre abril e abril e maio do ano passado, houve 538 alertas de garimpo ilegal na região. No mesmo período deste ano, os alertas caíram para 33.

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A Polícia Federal informou que ainda há garimpeiros dentro da terra indígena. O próximo passo é retomar as áreas controladas por eles e efetuar prisões. Invasores que decidiram sair voluntariamente já tiveram a oportunidade de deixa a área protegida. 

Na terra indígena Yanomami, o garimpo ilegal provocou uma crise humanitária que, ignorada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), resultou na morte por causas evitáveis de pelo menos 570 crianças indígenas.

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Após a intervenção do governo federal, foram abertas frentes de atendimento de saúde dentro do território. As vítimas sofriam com malária, verminoses, desnutrição e contaminação por mercúrio.  

Edição: Rodrigo Durão Coelho