Um ato público neste sábado (8) vai reunir artistas, lideranças políticas e representantes de movimentos populares em defesa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e das seis deputadas de esquerda que estão sendo perseguidas na Câmara dos Deputados e estão sob ameaça de cassação de mandato. A mobilização acontece no Galpão da Alameda Eduardo Prado, em frente à loja do Armazém do Campo em São Paulo (SP).
Entre as presenças confirmadas estão o padre Júlio Lancelotti, que atua em defesa da população de rua na capital paulsita; da ativista indígena Txai Suruí e do jornalista José Trajano. Parlamentares, ativistas, artistas e influenciadores também vão comparecer.
✊🏿🚩 LUTAR NÃO É CRIME!
— MST Oficial (@MST_Oficial) July 6, 2023
João Paulo (@joaopaulomst), do MST, e as deputadas Sâmia Bomfim (@samiabomfim) e Fernanda Melchionna (@fernandapsol), do PSOL, convidam todas e todos para que se juntem a nós neste sábado, dia 8 de julho, num grandioso encontro em SP
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Batizado de "Lutar não é crime", o encontro foi convocado por iniciativa da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o MST, ela tem feito frente às investidas do bolsonarismo contra o Movimento e, também por isso, é uma das deputadas sob ameaça de cassação.
Formalmente, a acusação contra ela feita pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, teve como base discursos com críticas aos colegas durante a votação do PL 490, que trata sobre marco temporal para demarcação de terras indígenas. Além de Sâmia, Célia Xakriabá (PSOL-MG), Érika Kokay (PT-DF), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Juliana Cardoso (PT-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) estão sendo perseguidas.
O requerimento inicial contra as seis parlamentares foi acatado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), apesar de o regimento interno da Câmara determinar que ações no Conselho de Ética devem ser individuais. Assim, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, retirou o pedido coletivo e protocolou nova ação contra cada deputada.
"Com celeridade recorde, cerca de quatro horas após o recebimento das ações pela Mesa Diretora da Casa, Lira novamente deu aval para que o processo fosse instaurado no mesmo dia. Não há precedentes na história do Parlamento brasileiro para um fato misógino como esse", destaca nota que convoca para o ato deste sábado.
O evento começa às 12h, com almoço oferecido a preços populares. As refeições serão preparadas com ingredientes orgânicos, todos cultivados, colhidos e preparados pelo MST. Além disso, será montada uma pequena feira de produtos artesanais produzidos por mulheres.
Serviço:
Ato público “Lutar não é crime”
Sábado (8/7), a partir das 12h
Alameda Eduardo Prado, 499, Santa Cecília, São Paulo-SP (em frente à loja Armazém do Campo)
Entrada gratuita
Edição: Rodrigo Durão Coelho