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Análise

Sakamoto: Mauro Cid empurra o Exército para a lama ao ir fardado à CPMI do Golpe

Militares da reserva e da ativa fizeram toda a diferença para que parte dos golpistas pudesse quebrar tudo e fugir

11.jul.2023 às 15h03
Leonardo Sakamoto
|UOL

Cid escolheu não falar durante a sessão - Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Mauro Cid, ex-faz-tudo de Jair Bolsonaro, caixa eletrônico de primeira-dama, serviço de atendimento a oficiais golpistas, fraudador de cartão de vacinação, chegou fardado à CPMI dos Atos Golpistas, na manhã desta terça (11), por orientação do próprio Exército. Dessa forma, a corporação acaba abraçando o tenente-coronel, que está até o pescoço em um lamaçal antidemocrático que ele ajudou o ex-presidente a criar.

"O Centro de Comunicação Social do Exército informa que o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid foi orientado pelo Comando do Exército a comparecer fardado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), pelo entendimento de que o militar da ativa foi convocado para tratar de temas referentes à função para a qual fora designado pela Força", diz o comunicado do Exército, um grande tiro no pé.

A inquirição estava em andamento quando este texto foi escrito, mas Cidão – como foi chamado pelo coronel Jean Lawand Júnior em uma troca de mensagens golpistas pelo WhatsApp – exercia o seu direito de ficar em silêncio para não se incriminar em todas as questões. Mas com a farda, ele ajuda a incriminar os militares, amparado por seus colegas no momento em que ele é questionado pelas ações antidemocráticas das quais participou.

A própria relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), pediu a ele que "em nome da farda que está vestindo", Cid deveria separar o joio do trigo, apontando os militares golpistas. Novamente, preferiu se calar.

A Polícia Federal encontrou uma minuta golpista e estudos para apoiar um golpe de Estado no celular do tenente-coronel Mauro Cid. A minuta permitiria ao seu antigo chefe convocar as Forças Armadas em caso de perturbação de caos. Caos que poderia surgir, por exemplo, através de uma horda de bolsonaristas que invadisse e vandalizasse o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal no dia 8 de janeiro.

Ou com uma bomba que explodisse o aeroporto de Brasília colocada em um caminhão de combustível por bolsonaristas no dia 24 de dezembro. Ou ainda com a queima de ônibus e veículos na capital federal por bolsonaristas no dia 12 de dezembro após a diplomação de Lula.

A minuta estava em mensagens trocadas entre Cid e o sargento Luís Marcos dos Reis – ambos presos na operação que investiga a fraude nos registros de vacinação de Bolsonaro. Também foram encontradas propostas sobre como convencer a cúpula do Exército a entrar na empreitada.

A primeira minuta golpista foi encontrada na casa do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres. O objetivo seria permitir que as Forças Armadas interviessem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e melassem a eleição vencida por Lula.

Pudemos ler conversas sobre um golpe de Estado entre o ex-major Ailton Barros, amigão do ex-presidente, com Mauro Cid. Depois, o coronel da reserva Élcio Franco, homem de confiança do governo, que foi colocado como secretário-executivo do Ministério da Saúde para ajudar o general Eduardo Pazuello, apareceu na história.

Barros e Franco discutiram por áudios as possibilidades para um golpe de Estado, incluindo a mobilização de 1,5 mil militares a prisão do ministro Alexandre de Moraes. As conversas, que fazem parte dos áudios encontrados nos celulares apreendidos.

Vídeos do circuito interno do Palácio do Planalto, captados durante a invasão bolsonarista no 8 de janeiro, apontam que um grupo de militares que estava por lá no momento do quebra-quebra foi conivente. Conversavam, riam, checavam os celulares.

Depois, o Exército impediu a entrada da PM para prender golpistas no acampamento montado em frente ao seu QG. Imagens de dois blindados mostravam que o Comando Militar do Planalto falava sério, chocando muita gente que apostava que a ditadura havia terminado em 1985.

Isso deu tempo a muitos golpistas fugirem. Sob a chantagem de que haveria uma "noite de sangue" se a PM entrasse para prendê-los no acampamento, Lula aceitou a proposta do então comandante militar do Planalto, general Dutra de Menezes, para que isso ocorresse apenas na manhã do dia seguinte.

O então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, também teria avisado ao ministro da Justiça Flávio Dino que ninguém seria preso naquela noite. Treze dias depois, Lula escolheu o legalista Tomás Ribeiro Paiva para substituir Arruda.

Mauro Cid pode ficar em silêncio em toda a CPMI, como fez em depoimento da PF. Neste caso, seu celular continuará gritando por ele, acusando o ex-presidente da República, sua família e aliados. Sem contar que Alexandre de Moraes e a PF estarão sempre um passo à frente da comissão, produzindo notícias e dando a linha.

Uma parte dos militares estava sim com Jair. Ele não teve apoio que queria para o seu golpe de Estado, inclusive por conta da parcela legalista da cúpula das Forças Armadas. Mas a participação de militares da reserva e da ativa no 8 de janeiro fez toda a diferença para que parte dos golpistas pudessem quebrar tudo e fugir sem serem detidos ou presos.

A farda reluzente de Mauro Cid só confirma isso.

 

* Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Conteúdo originalmente publicado em UOL
Tags: mauro cid
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