A sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) recebe nesta sexta-feira (14) um ato público em homenagem ao jornalista e ativista Wladimir Pomar. O ato acontece no dia em que ele completaria 87 anos de idade. Pomar morreu no último dia 9 de junho.
O encontro, às 19h, vai reunir familiares, jornalistas e ativistas pelos direitos humanos para celebrar a vida e a trajetória de Pomar, que teve participação fundamental na reconstrução da democracia do país. A atividade é organizada pela Fundação Perseu Abramo, da qual ele foi colaborador.
Pomar foi coordenador-geral campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República em 1989. Nascido em Belém (PA), em 1936, ele era filho de Catarina Torres e Pedro Pomar, militante comunista que foi perseguido pela ditadura de Getúlio Vargas.
Já aos 13 anos, em 1949, Wladimir Pomar se tornou militante do Partido Comunista. Sua trajetória política desde a juventude incluiu atuações no movimento estudantil e no movimento sindical metalúrgico. Ele também atuou no grupo que reestruturou o Partido Comunista do Brasil nos anos 1960.
Preso por resistir ao golpe militar em 1964, viveu na clandestinidade. Voltou a ser preso em 1976, durante o chamado Massacre da Lapa, quando morreram Ângelo Arroyo, João Batista Franco Drummond e o pai dele, Pedro Pomar. Deixou a prisão em 1979, pouco antes da anistia.
Ingressou no PT e participou da executiva nacional. Atuou em diversas frentes do partido, embora não tenha assumido cargos públicos. Deixou formalmente a estrutura partidária em 1990, mas seguiu atuando como militante ligado ao partido.
Sua morte, em junho deste ano, foi decorrente de complicações por displasia. Wladimir Pomar deixou três filhos, 11 netos e netas, 7 netos e bisnetas e a esposa Rachel.
Serviço:
Ato em homenagem a Wladimir Pomar
Data e hora: 14/7, às 19h
Local: Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo – Auditório Vladimir Herzog. Rua Rego Freitas, 530, República, São Paulo.
