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Início Política

Racismo estrutural

Governo do DF divulga propaganda oficial em que associa cabelo de homem negro a queimadas

A campanha publicitária é considerada racista por especialistas da comunicação; deputado diz que vai acionar MPDFT

14.jul.2023 às 12h36
Brasília (DF)
Bianca Feifel

Propaganda oficial do GDF traz cabelo de homem negro associado à queimadas - Divulgação/GDF

O Governo do Distrito Federal (GDF), comandado por Ibaneis Rocha (MDB), começou a divulgar nesta quarta-feira (12) uma campanha publicitária oficial contra incêndios. Em uma das imagens veiculadas, o cabelo black power de um homem negro é relacionado às queimadas. Especialistas da comunicação apontam racismo na propaganda.

Para Kleber Cardoso, graduado em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB), a imagem traz uma “semiótica violenta e racista”. 


Propaganda oficial do GDF traz cabelo de homem negro associado à queimadas / Divulgação/GDF

“Uma associação direta do cabelo crespo e negro com a queimada, apesar da legenda dizer outra coisa. As mensagens da imagem e do copy não se complementam, fica confuso. E de cara passa uma mensagem visual extremamente violenta”, afirma o comunicador. 

O texto que acompanha a imagem do homem negro com o cabelo em chamas fala sobre os incêndios no DF, que são mais frequentes nesse período de secas. “Combater queimadas é preservar a nossa própria natureza”, diz o título.

Além disso, a propaganda reforça que “fazer queimada é crime” e indica o número 193 para denúncias. Segundo Kelly Quirino, professora de Relações Raciais e de Gênero da UnB e Católica de Brasília, colocar a imagem de um homem negro nesse contexto reforça a associação racista entre a população negra e a criminalidade. 

“É uma publicidade racista, porque mais uma vez coloca uma foto de uma pessoa negra numa situação degradante e de criminalidade”, explica a professora.

Falta de letramento racial na publicidade

De acordo com os dois especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato DF, falta letramento racial e diversidade nos espaços de decisão das agências publicitárias brasileiras. 

Para Kelly Quirino, existe hoje na comunicação, na tentativa de ser mais diversa, uma lógica da necessidade de inserir pessoas pretas, mulheres e pessoas com deficiência nos anúncios. Mas não há o cuidado de avaliar em que tipo de conteúdo e contexto essa inserção é feita. 

“Fica muito claro [nesta propaganda do GDF] que agência de publicidade não tem essa leitura. Com certeza, quem aprovou não conseguiu perceber que isso é ruim”, evidencia a professora. 

Segundo ela, na campanha em questão, a solução seria não colocar o rosto de uma pessoa e, sim, ilustrar com queimadas. 

“Não ter um diretor de arte que tenha uma leitura sobre racismo faz com que isso aconteça. A gente realmente tem que aumentar a presença de pessoas pretas nas agências de publicidade. Essas pessoas precisam ter poder, porque você até tem gente que se forma, mas eles não se tornam diretores”, cobrou. 

Denúncia ao MPDFT 

O deputado distrital Fábio Félix (PSOL) afirmou que vai acionar o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e outros órgãos para exigir providências sobre essa campanha publicitária “completamente absurda e criminosa”. 

“Racismo é intolerável, ainda mais quando praticado pelo estado. Basta!”, disse o deputado em rede social. 

Novos personagens

Ainda na quarta-feira (12), o GDF apagou de sua rede social oficial a postagem com a imagem do homem negro e a substituiu por uma com um homem branco e ruivo.

 

 
 
 
 
 
Ver essa foto no Instagram
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Governo do Distrito Federal (@gov_df)

Para Kleber Cardoso, a nova postagem foi uma tentativa de “gestão de crise” mas o “problema permanece”. 

“E acredito que essa essa mudança de imagem já é uma resposta em relação a isso, eles viram a repercussão negativa que deu, isso está em todos os grupos de comunicação, está nas redes sociais, está em vários lugares. E aí como forma de se retratar eles  apagaram e fizeram uma outra postagem”, afirma o comunicador.

O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro) repudiou a propaganda e apontou que a peça é uma "nítida e inaceitável demonstração de racismo estrutural por parte do governo. A retirada da peça de circulação não basta: é necessária uma retratação do GDF".

O que diz o GDF?

Procurada pelo Brasil de Fato DF, a Subsecretaria de Relações com a Imprensa do GDF informou que a propaganda é uma “campanha publicitária de conscientização”, com o objetivo de combater os incêndios “tão recorrentes durante a estação seca”. 

“A campanha apresenta imagens acompanhadas de pessoas de diversas etnias com suas cabeças em chamas, retratando uma grave situação enfrentada pela flora e fauna nesse período desafiador. Além de alertar para os danos causados ​​ao cerrado, buscamos destacar como as queimadas também prejudicam a natureza humana”, diz a Subsecretaria. 


Imagem enviada por e-mail pela Subsecretaria de Relações com a Imprensa do GDF para o Brasil de Fato DF / Divulgação/GDF

A pasta afirmou ainda que a imagem acima, com um homem branco, foi publicada a partir do dia 30 de junho. Entretanto, a reportagem não encontrou essa publicação na rede social do GDF. Além disso, a suposta propaganda está sem o logo oficial do governo.

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Editado por: Flavia Quirino
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