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RISCO DE DESPEJO

REPORTAGEM I A vila Domitila não quer ser uma ilha

Remanescentes na área, cerca de 20 famílias não querem deixar região de área nobre no Cabral, reivindicada pelo INSS

14.jul.2023 às 08h53
Curitiba (PR)
Pedro Carrano

O cenário é de desolação. Numa cidade com tanta demanda por terra e moradia, a área já conheceu o despejo de cerca de 200 famílias - Michelle Stival da Rocha - CMC

Uma ilha cercada de despejos por todos os lados. Essa é a situação de hoje da vila Domitila. Um enclave ameaçado de reintegração de posse em plena região nobre do urbanismo excludente de Curitiba. As casas estão bem estruturadas e dão a aparência até de um residencial de classe média.

Porém, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), autarquia do governo federal, alega que é legítimo possuidor do imóvel denominado "Vila Domitila – Gleba Juvevê”. No fundo, a disputa já consome mais de um século. A área onde fica a Vila Domitila, de 191.480 m², tem a avaliação de até $ 72 milhões. Localizada entre os bairros Ahú e Cabral, atrás da penitenciária desativada, segue sem solução e, permanentemente, retorna aos noticiários.

O cenário é de desolação. Numa cidade com tanta demanda por terra e moradia, a área já conheceu o despejo de cerca de 200 famílias. Tratores alcançaram casas construídas há mais de 40 anos. Agora, cerca de 20 famílias fazem, literalmente, uma ilha de resistência. E não querem sair.

“Minha mãe viveu aqui há quarenta anos, atuando por meio da associação de moradores. As famílias foram despejadas a base de trator e multa”, denuncia Marcos Flávio Gouveia, trabalhador autônomo, liderança que se criou desde a adolescência no local. Ele enuncia que sua mãe, falecida no período da pandemia, foi uma das antigas moradoras que não pôde ver o caso solucionado. “Perdemos muitos dos velhos, como eu perdi minha mãe. E agora as casas despejadas viram local de consumo de drogas”, aponta.

Quando esteve no local, a reportagem do Brasil de Fato Paraná atestou que moradores de diferentes gerações não querem deixar o local, inclusive diante da falta de propostas de realocação ou indenização. É o caso de Vilson, trabalhador de construção civil, há 20 anos no local. Passando por Nicole, jovem na região desde que nasceu. O INSS, por sua vez, em resposta à reportagem, aponta o interesse em leiloar o terreno, que não seria destinado à habitação de interesse popular.

Posse e direito

A tese principal dos familiares e da associação de moradores local é que, no episódio quando a tradicional família do ex-governador Munhoz da Rocha vendeu a área para o INSS, nos anos 1940, isso não incluiria o trecho atrás da antiga penitenciária, onde hoje fica o enclave da Domitila.

Hoje, afora as placas com o aviso do iminente despejo, moradores afirmam que não há um canal de negociação, seja com o INSS ou mesmo com a prefeitura. Marcos reclama da forma como as famílias são tratadas. “Cortaram luz e água das famílias que pagam a Copel e Sanepar há décadas. (Os órgãos públicos) nunca chamaram para acordo nem nada”, diz.

Neste momento, as famílias tentam denunciar a situação. A vereadora Giorgia Prates (PT) esteve no local e busca acionar a comissão de conflitos fundiários do Tribunal de Justiça do Paraná.

História remonta a 1871

Na versão da defesa dos moradores, as terras onde vivem eram de Tertuliano de Freitas, em 1871. O imóvel passou para Antonio da Ros que, em 1912, teria vendido os lotes a Jorge Polysú. Em meados de 1960, a filha de Polysú e o marido dela, Abdon Soares, registraram a propriedade no 2º Registro de Imóveis da Comarca de Curitiba, lotearam e venderam os terrenos. O casal moveu uma ação de reivindicação das terras em 1970 contra o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS, hoje INSS) – apontam informações da Câmara Municipal.

Por outro lado, a versão do INSS é de que uma área de 300 mil metros quadrados teria sido vendida ao governo do Paraná, em 1909, por Eugênio Wirmond. Em 1920, o governador Caetano Munhoz da Rocha teria leiloado a área, sendo arrematada por Carlos Franco. Em 1927, Franco teria vendido a propriedade justamente para Munhoz da Rocha. Ao obter a escritura em 1944, Munhoz da Rocha teria vendido a área de 191,4 mil metros quadrados para o INSS, no local onde está a Vila Domitila. A divergência já foi tema inclusive de CPI na Câmara de Vereadores, em 2016.


Marcos reclama da forma como as famílias são tratadas. “Cortaram luz e água das famílias que pagam a Copel e Sanepar há décadas. (Os órgãos públicos) nunca chamaram para acordo nem nada”, diz. / Acervo Pessoal

Posição do INSS

Via e-mail, o Brasil de Fato Paraná entrou em contato com a assessoria de imprensa do INSS, que emitiu a seguinte resposta sobre o destino das famílias: “Os imóveis citados pertencem ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social (FRGPS) e devem ser alienados para o pagamento de benefícios. O INSS cumpre rigorosamente as decisões judiciais. Não é possível a doação destes imóveis ou inclusão em programas de regularização fundiária em razão da destinação ao FRGPS e ao seu alto valor econômico”, afirma a assessoria.

Editado por: Lia Bianchini
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