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Guerra

Otan tenta demonstrar força, mas pode ‘quebrar’, diz professor da Unesp

Custos do prolongamento da guerra da Ucrânia podem fazer europeus reavaliarem apoio à aliança militar liderada pelos EUA

15.jul.2023 às 21h28
São Paulo (SP)
Thales Schmidt

Na direita, Zelensky durante programação da cúpula da Otan - Yves Hermann / AFP

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nunca teve tantos países. Com a recente entrada da Finlândia e a prometida admissão da Suécia, serão 32 estados-membros. Todavia, para o professor titular em Segurança Internacional e Resolução de Conflitos da Unesp, Héctor Luis Saint-Pierre, a recente cúpula da aliança militar mostra que ela pode estar mais fragilizada do que parece.

Durante dois dias de evento em Vilnius, na antiga república soviética da Lituânia, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ouviu críticas incomuns de seus aliados ocidentais. O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, sugeriu que os ucranianos deveriam ser mais gratos pelo apoio que recebem e que ele não é "a Amazon" para atender os pedidos de armas de Zelensky.

O presidente ucraniano ainda classificou como "absurdo" a falta de um cronograma para a entrada de seu país no bloco militar. A declaração desagradou os líderes presentes no evento e Zelensky diminuiu o tom. A Ucrânia conseguiu novas armas e a promessa de apoio, mas um plano concreto para sua entrada na Otan não foi delineado.

Para Saint-Pierre, a foto de um Zelensky escanteado enquanto outros líderes confraternizam no evento demonstra sua "solidão da derrota". Os europeus e os Estados Unidos apoiam a Ucrânia, mas ninguém quer entrar na guerra – ainda mais quando a contraofensiva ucraniana está sendo "massacrada" pelas forças russas.

::Rússia anuncia que Ucrânia lançou uma 'ofensiva em larga escala'::

"Quando a Europa começa a abastecer a Ucrânia [com armas], fica claro que eles estão entregando seus estoques. Para recuperar seus estoques [de armas], eles têm que sacrificar seus povos. Coisa que também discutiram na reunião da Otan, de aumentar o gasto militar para 2% do PIB ou até 3%", diz o pesquisador ao Brasil de Fato. Para ele, a recente decisão de enviar bombas de fragmentação para o conflito demonstra a diminuição de arsenal militar.

Para enfrentar a deterioração de sua reserva de munições, a Alemanha anunciou nesta semana um pedido de 4 bilhões de euros em munição de tanque da sua maior empresa da área de defesa, a Rheinmetall, informa o Financial Times.


Avião ucraniano destruído em hangar em Hostomel, na Ucrânia / Genya Savilov / AFP

Saint-Pierre avalia que os Estados Unidos "arrastaram" a Europa para uma guerra que ela não queria e privou a região de um elemento importante: o gás natural e o petróleo russo que funcionavam como insumo do crescimento econômico dos europeus.

Enquanto isso, as empresas do "complexo industrial e militar dos EUA" conseguem um bom negócio ao vender material bélico antigo e ultrapassado e abrem espaço em seus estoques para renovar suas armas de guerra. De acordo com o Departamento de Defesa dos EUA, os estadunidenses já enviaram US$ 29,8 bilhões em armas e assistência militar à Ucrânia desde o início da guerra.

Diante da disparada da inflação no bloco europeu, do fortalecimento da extrema direita e do fim do barato gás russo, os líderes políticos da Europa devem ter dificuldade para justificar às suas populações um aumento ainda maior nos investimentos de defesa, crê o pesquisador. E para manter a coesão da Otan, o bloco agora aponta para China como antagonista. A declaração da cúpula da Lituânia ataca Pequim por suas "práticas coercitivas".

Acontece que os chineses são atores cada vez mais incontornáveis do comércio global. Desde o final de 2022, portanto mesmo após a eclosão da guerra da Ucrânia, os líderes da Alemanha (Olaf Scholz), Espanha (Pedro Sánchez) e França (Emmanuel Macron) visitaram Xi Jinping em Pequim.

Além disso, o comércio internacional em moedas locais tem aumentado em detrimento do dólar, e as sanções contra Moscou não tiveram o efeito catastrófico esperado por Washington.


Macron e Xi Jinping em Pequim, em abril de 2023 / Ng Han Guan / AFP

"Será cada vez mais difícil para os EUA manter essa estrutura. A recolocação de um novo inimigo como forma de manter essa estrutura militar com a China, eu acho meio complicado porque você tem visto as visitas dos líderes europeus à China, de quem dependem, com quem fazem bons negócios", afirma. "Pode vir a quebrar esse complexo atlantista [da Otan], a menos que se inicie uma guerra [entre EUA e Rússia ou China], aí quem vai quebrar somos todos. Mas minha impressão é que não que vai durar muito mais a Organização do Tratado do Atlântico Norte".

E até quando dura a guerra da Ucrânia? Saint-Pierre acredita que uma resolução não deve acontecer antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, enquanto a Casa Branca segue ditando os rumos da Europa. E o prognóstico é que os russos não vão perder o território ucraniano já dominado e talvez possam até expandir suas conquistas para toda a região sul da Ucrânia, incluindo Odessa, uma importante cidade costeira ucraniana às margens do Mar Negro.

"Esse conflito armado na Ucrânia, na realidade, é uma batalha de uma guerra muito mais ampla. Uma guerra da Otan e dos EUA pela hegemonia norte-americana no mundo", diz o pesquisador da Unesp.

Editado por: Patrícia de Matos
Tags: chinadireito à vidaestados unidosguerraotanrússiaucrânia
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