Renegociação

Governo espera limpar nome de até 2,5 milhões com início do programa Desenrola

Bancos que aderirem ao programa devem 'desnegativar' pessoas que devem até R$ 100

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Cidadãos já podem procurar bancos para renegociar dívidas contraídas - Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (17) esperar que o programa de renegociação de dívidas do governo federal, o Desenrola, tire automaticamente até 2,5 milhões de pessoas de listas de devedores até o final deste mês.

O Desenrola começou a funcionar nesta semana. Cidadãos que devem a bancos já podem procurá-los diretamente em seus canais de atendimento para renegociar seus débitos por meio da iniciativa.

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Bancos terão incentivos do governo para concederem descontos aos devedores na primeira fase do programa. Para aderirem, eles precisam "desnegativar" cidadão inscritos em lista de devedores por conta de dívidas de até R$ 100.

"Se aderirem todos os grandes bancos, serão 2,5 milhões de CPFs", disse Haddad, lembrando que só o Nubank, que ainda não decidiu se vai aderir ao programa, tem 1 milhão de clientes negativados por até R$ 100.

A primeira etapa do programa atende clientes com renda mensal superior a dois salários mínimos e até R$ 20 mil. Pessoas com renda de até dois salários e dívidas de até R$ 5 mil serão atendidas na segunda etapa.

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Nesta etapa, o governo vai oferecer dinheiro público como garantia da dívida dos devedores a bancos ou empresas que se comprometerem a dar descontos. A renegociação será feita por uma plataforma eletrônica, que ainda não foi lançada.

O ministro Haddad afirmou que R$ 7,5 bilhões serão oferecidos pelo governo como garantia. Isso pode servir para renegociação de R$ 30 bilhões em dívidas.

Edição: Nicolau Soares