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Governo tem desafio de retomar luta antimanicomial e evitar 'volta de 20 anos', diz pesquisador

Neste mês, Ministério da Saúde anunciou aporte de R$ 200 milhões para saúde mental; aumento representa 27% do orçamento

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Desde março, foram habilitados 27 novos CAPS, 55 SRT, quatro unidades de acolhimento e 159 leitos em hospitais gerais. - Foto: Reprodução/ Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

No início do mês, durante 17ª Conferência Nacional de Saúde, a ministra Nísia Trindade anunciou um aporte de R$ 200 milhões para a saúde mental em 2023. O repasse será direcionado para um total de 2.855 Caps (Centro de Atenção Psicossocial)  e 870 SRT (Serviço Residencial Terapêutico) existentes no país. 

O valor pode até parecer pouco diante do orçamento total da pasta da Saúde, que gira em torno de R$ 14 bilhões. Porém, este investimento significa um acrescecimo de 27% na área.

O aumento de quase um terço do orçamento evidencia como a saúde mental estava devassada. 

No entanto, para o psiquiatra Luís Fernando Toffoli, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o desmonte do setor não fica apenas por conta do orçamento. 

“Desinformação é a palavra que resume o tratamento da saúde mental durante o governo Bolsonaro”, considera o professor.

Segundo ele, tanto na gestão Temer como de Bolsonaro, a saúde mental perdeu o rumo de ser pautada pela luta antimanicomial, movimento consolidado no Brasil ao longo de décadas em defesa do fim dos manicômios. 

Desde março, foram habilitados 27 novos Caps, 55 SRT, quatro unidades de acolhimento e 159 leitos em hospitais gerais. A maioria em estados do Nordeste.

Os Caps são os serviços de saúde de caráter aberto e comunitário voltados ao atendimento de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental. Já os SRT, são casas localizadas no espaço urbano constituídas para responder às necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves.

Seleção 

A seleção feminina mais experiente que o Brasil já montou, com idade de 27,5 anos de média, começa sua jornada na busca do inédito título mundial no futebol feminino na próxima segunda-feira (24), às 8h, na Copa do Mundo 2023, que acontecerá em duas sedes, Austrália e Nova Zelândia.

Entre as 23 convocadas pela técnica sueca Pia Sundhage, que comanda a seleção brasileira, sete nasceram em São Paulo, três em Minas Gerais e uma no Rio de Janeiro. Distribuição que mostra o Sudeste como região que mais forneceu jogadoras ao grupo do Brasil.

Em seguida, aparece o Nordeste, com seis convocadas, distribuídas entre Alagoas (2), Maranhão (2), Bahia (1), Piauí (1), Pernambuco (1) e Rio Grande do Norte (1). Do sul, vieram apenas duas convocadas, uma do Paraná e outra do Rio Grande do Sul. Nenhuma jogadora nasceu no norte do país. A volante Angelina nasceu nos EUA.

Marta, a grande estrela do Brasil, com 186 convocações, chegou na Oceania para disputar sua sexta Copa do Mundo. Ela é a recordista em participações e vai para a competição com 37 anos, integrante mais velha da seleção. Na outra ponta, a estreante Lauren, com 20 anos, é a atleta mais jovem da equipe.

Teatro

São Paulo recebe até o final do mês o espetáculo’ Betta Splendens’, da Cia La Desdeñosa. A peça fica até o dia 30 de julho na Sede do Grupo XIX de Teatro, no bairro Belém, Zona Leste da capital paulista e os ingressos podem ser adquiridos neste link.

A peça, que traz no elenco Carol Gierwiatowski, Natália Martins, Thaís Peixoto, além da protagonista Tatiana Ribeiro, teve sua estreia em 2021 no Centro Cultural São Paulo, dentro da Mostra de trabalhos e autores premiados, cumprindo temporada até dezembro. 

Betta Splendens é uma autoficção que aborda a mente de uma pessoa deprimida. O grupo alerta que o espetáculo trata de temas relacionados à depressão e suicídio. A classificação é de 16 anos,
 

Edição: Lucas Weber