Justiça

Massacre de Paraisópolis: 12 PMs acusados pela chacina começam a ser julgados nesta terça (25)

Nove jovens morreram, em 1 de dezembro de 2019, após ação dos policiais no Baile da DZ7

São Paulo | SP |

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Familiares cobram justiça e pedem a condenação de todos os 31 policiais militares que integraram a Operação Pancadão no Paraisópolis - Foto: RBA

Começa na terça-feira (25), no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, o julgamento dos doze policiais militares acusados pela morte de nove jovens, no dia 1 de dezembro de 2019, durante o baile da DZ7, em Paraisópolis, zona sul da capital paulista.

Esta é a fase de instrução do julgamento. Após a primeira etapa, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidirá se o caso irá a júri popular, por exemplo, expectativa da defesa dos familiares.

No último sábado (22), defensores dos direitos humanos, representantes de movimentos sociais e familiares das vítimas caminharam pelas ruas de Paraisópolis, em protesto por justiça para os jovens. Eles reivindicam que os 31 policiais militares implicados nas investigações sejam levados ao banco dos réus, não apenas os 12 que começam a ser julgados na terça por homicídio doloso.

Relembre

Na noite de 1 de dezembro de 2019, imagens de violência promovida pelo 16º Batalhão da Polícia Militar paulistana no baile da Dz7 na comunidade de Paraisópolis, região sul de São Paulo, inundaram as redes sociais.

Naquela data, a Operação Pancadão, promovida recorrentemente pelo estado, provocou a morte de nove jovens, entre 14 e 23 anos. O caso ficou conhecido como Massacre de Paraisópolis.

A maioria dos jovens morreram asfixiados após o lançamento de spray de pimenta e bombas de gás pela PM, que encurralou os participantes do evento. Um deles morreu por traumatismo.

Na Justiça Militar, a Corregedoria da PM apurou a conduta de 31 policiais militares que estavam na ação. O órgão concluiu que os agentes não causaram as mortes dos frequentadores do baile.

As vítimas que saíram para se divertir e não puderam voltar para casa foram: Marcos Paulo Oliveira dos Santos, de 16 anos; Bruno Gabriel dos Santos, 22; Eduardo Silva, 21; Denys Henrique Quirino da Silva, 16; Mateus dos Santos Costa, 23; Dennys Guilherme dos Santos Franco, 16; Gustavo Cruz Xavier, 14; Gabriel Rogério de Moraes, 20; e Luara Victoria de Oliveira, 18.

Edição: Leandro Melito