Representantes de Povos indígenas – 10 etnias – de diferentes regiões do Brasil estiveram no 15º Intereclesial de CEBs em Rondonópolis, Mato Grosso. Havia uma boa representatividade da etnia Bóe Boróro com aldeias no entorno de Rondonópolis.
O CIMI, órgão da CNBB que atua com as comunidades indígenas, também se fez presente com missionários, missionárias, voluntários e voluntárias de pelo menos seis estados da federação.
Pelo menos, neste Intereclesial de CEBs, houve dois momentos de boa participação indígena, na oração do terceiro dia de encontro e na elaboração e aprovação de uma "moção em apoio aos direitos originários dos povos indígenas", que foi lida na plenária final e aprovada por unanimidade. A referida moção será enviada aos ministros do STF.
Os indígenas realizaram um encontro próprio durante o evento e uma das considerações importantes se refere a pequena participação de indígenas de diversos estados, sendo interessante ressaltar que os estados do Sul não contavam com nenhum indígena em suas delegações, seja como delegados ou convidados.
De todo modo, há de se ressaltar que as comunidades indígenas compõem também muitos outros espaços de articulação e mobilização no país, impulsionando suas lutas pela garantia dos direitos.
Também é importante ressaltar que, em função das diferenças étnicas, de suas religiosidades próprias e de outros fatores culturais, políticos e econômicos a participação indígena nestes espaços de Igreja se tornam menos representativos do que gostaríamos que fosse.
* Roberto Liebgott e Reinaldo Tillmann, integrantes do Conselho Indigenista Missionário Regional Sul (Cimi-Sul)
** Este é um artigo de opinião. A visão dos autores não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.
