COPA DO MUNDO

'Mulher sofreu muito para jogar futebol dentro do nosso país', diz a ex-jogadora Juliana Cabral

Comentarista da Cazé TV e medalhista olímpica, ela falou sobre suas expectativas com o Brasil na Copa

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Juliana Cabral posa para foto após a conquista da medalha de prata dos Jogos Olímpicos de Atenas, 2004. - Museu do Futebol

A seleção feminina de futebol do Brasil volta aos gramados neste sábado (29), às 7h de Brasília, contra a França. Para falar das expectativas para esse jogo e analisar o que aconteceu na Copa até agora, o programa Central do Brasil recebeu Juliana Cabral, ex- capitã da seleção, medalhista de prata em 2004 nos Jogos Olímpicos de Atenas e também comentarista da Cazé TV.

Levando em consideração o desempenho dos dois times, a ex-jogadora avalia que a França é uma das potências da Copa. "Nós nunca vencemos a seleção francesa. Então existe um tabu aí para ser quebrado", disse. 

Já com relação à seleção feminina, ela pontua que a CBF tem disponibilizado mais infraestrutura para as jogadoras. "Vejo uma seleção muito mais preparada, muito mais organizada, com um modelo de jogo bem definido e com jogadores mais profissionais, no sentido de que elas agora só precisam se preocupar com o que elas fazem em campo." O jogo deste final de semana deve trazer uma defesa e um duelo físico mais fortes. "A nossa seleção tem muitas chances de acabar com esse tabu de não vencer a França."

A comentarista comparou a estrutura atual da seleção brasileiras com a de 20 anos atrás. A diferença, segundo ela, "é um abismo gigantesco", afirmou. "Durante muito tempo dentro do nosso país a seleção brasileira e o futebol de mulheres foram negligenciados. A mulher sofreu muito para jogar futebol dentro do nosso país, nós tivemos um período grande de proibição, veio a regulamentação, mas não veio a estrutura, não veio o respeito, não veio a condição de trabalho", lembra.

O marco da mudança se deu em 2019, com a cobrança da Fifa que as suas confederações colocassem mais mulheres nos cargos de poder e na comissão técnica, afirmou. A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) também exige que os clubes que disputam seus principais campeonatos mantenham equipes femininas.

Juliana também ressaltou a da lei do Profut. "Os times tiveram uma facilidade no parcelamento de suas dívidas, porém em contrapartida, tinham que investir no futebol de mulheres", pontuou. "Então essas três ações foram extremamente benéficas para o desenvolvimento da modalidade", avalia.

Para ela, a seleção tem tudo para fazer um grande jogo contra a França. "A gente tem uma seleção muito forte e confiante, com uma técnica que é muito experiente e atenta aos detalhes. Pela primeira vez a gente chega numa Copa muito forte."


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Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. Ele é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e por emissoras públicas parceiras. 

Edição: Thalita Pires