Nesta quinta

Movimento negro marca ato em repúdio à chacina do Guarujá para 3 de agosto

'Pelo fim de intervenções policiais por vingança e acerto de contas', pede a Coalizão Negra por Direitos

São Paulo | SP |
Por determinação de Freitas, Operação Escudo segue em curso no Guarujá por mais 30 dias - Foto: Reprodução/Facebook

A Coalizão Negra por Direitos marcou para a próxima quinta-feira (3), às 18h, um ato em repúdio à chacina do Guarujá, na frente da Secretaria de Segurança Pública (SSP), no Largo São Francisco, região central de São Paulo.

Em sua convocatória, o movimento pede o “fim imediato da Operação Escudo”, que culminou na morte de pelo menos 13 pessoas, de acordo com os dados oficiais, e o “fim de intervenções policiais por vingança e acerto de contas”.

Além disso, a Coalizão Negra por Direitos pedirá a saída de “Tarcísio Genocida” do poder, se referindo ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disse ter ficado “extremamente satisfeito” com a atuação policial no Guarujá.

Nesta terça-feira (1), a SSP confirmou a 13ª morte por intervenção policial e informou que dois policiais foram baleados em Santos, próximo do Guarujá. De acordo com o governo de São Paulo, todas as vítimas “morreram ao entrarem em confronto com as forças de segurança”, tese refutada por moradores da região.

Até o momento, 32 pessoas já foram presas e 20,3 quilos de drogas e 11 armas foram apreendidas. O Guarujá convive com uma onda de violência desde a última quinta-feira (27), quando o soldado da Rota, Patrick Reis, foi assassinado na Vila Zilda.

Desde então, com especial concentração na madrugada do domingo (30), teriam ido às ruas, sob o amparo da Operação Escudo, para vingar a morte do soldado, de acordo com a versão dos moradores e de alguns PMs que nas redes sociais tem celebrado e contado os assassinatos.


Movimento negro irá às ruas contra Tarcísio de Freitas / Arte: Coalizão Negra por Direitos

Edição: Rodrigo Durão Coelho