aguarda julgamento

Daniel Alves é formalmente acusado de agressão sexual; defesa decide que não vai recorrer

Ex-jogador da seleção brasileira está preso na Espanha desde janeiro deste ano

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Defesa de Daniel Alves decidiu não recorrer; ele agora aguarda julgamento - Josep Lago / AFP

O ex-lateral-direito da seleção brasileira masculina Daniel Alves foi formalmente acusado pela Justiça da Espanha nesta quarta-feira (2) pelo crime de agressão sexual contra uma mulher em uma boate na cidade de Barcelona. Ele nega o crime, mas, junto de sua defesa, decidiu não recorrer, e agora espera o julgamento, que ainda não tem data marcada.

A legislação espanhola permite que os advogados de defesa recorram após a divulgação dos resultados de investigações, o que aconteceu no episódio da acusação de estupro. O advogado Cristóbal Martell, que representa o brasileiro, afirmou que não será o caso.

Daniel, que não chegou a anunciar formalmente a aposentadoria dos gramados, foi detido pelas autoridades da Espanha no dia 20 de janeiro, e seguirá preso até o julgamento. Ele compareceu perante à juíza responsável pelo caso nesta quarta-feira para ouvir a acusação formal. 

Em entrevista a jornalistas na saída do prédio do tribunal de Justiça onde aconteceu a leitura do documento que formalizou a denúncia, Martell afirmou que Daniel Alves "está contrariado", mas que não vai recorrer já que deseja agilizar o processo. Com a decisão da defesa (e do jogador) de não recorrer, a tramitação deve ser mais rápida. O julgamento, porém, ainda não tem data marcada. 

Desde que foi preso e acusado, Daniel se contradisse diversas vezes. Ele chegou a negar qualquer relação e dizer que não conhecia a mulher que o acusa de estupro. Meses mais tarde, afirmou que teve relações sexuais sem penetração. E, em outro depoimento, reconheceu que houve penetração, e que tinha mentido antes para tentar preservar o casamento (a então esposa do jogador pediu divórcio em consequência do caso).

Se condenado, Daniel poderá receber uma pena entre 4 e 15 anos de prisão. Além disso, deverá pagar indenização de cerca de 150 mil euros à vítima.

Edição: Geisa Marques