O movimento Seres e Saberes da Amazônia, formado por ativistas e militantes com atuação nas áreas social, sindical, política e acadêmica, foi lançado neste sábado (5) durante o Diálogos Amazônicos, evento com movimentos sociais que antecede a Cúpula da Amazônia.
A iniciativa surgiu com o objetivo de dar centralidade à Amazônia na política de desenvolvimento do Brasil e pretende aproximar pessoas e organizações com histórico de defesa da população do bioma, que, em muitos casos, atuavam de forma isolada.
A cerimônia de lançamento ocorreu na tarde de hoje (5) no Hangar Centro de Eventos, que reúne milhares de integrantes de movimentos sociais e populares. No mesmo local será realizada, a partir de segunda-feira (8), a reunião de chefes de Estado dos países amazônicos.
No manifesto, o Seres e Saberes promete defender junto ao governo federal a indução do desenvolvimento em bases socioeconômicas, com uso responsável dos recursos naturais, sem esquecer dos habitantes da Amazônia urbana.
O senador paraense Beto Faro (PT), que integra o movimento, lembrou que as contrapartidas sociais mínimas por grandes projetos hidrelétricos sempre foram conquista dos partidos políticos e entidades da Amazônia, nunca um favor das empresas e dos governos.
“Esse movimento pretende disputar as políticas e enfrentar”, discursou o senador paraense Beto Faro (PT) durante o lançamento da frente.
“Aqui nessa região é muito forte essa onda do agronegócio, é muito forte essa onda dos grandes projetos que não incluem os amazônicas, os povos originários e tradicionais. Então é fundamental a gente se manter mobilizado”, defendeu.
“Esse movimento pretende disputar as políticas e enfrentar”, disse senador Beto Faro (PT) em evento / Murilo Pajolla
Os integrantes do recém-criado movimento são atores políticos e sociais que apoiaram a eleição de Lula, mas veem a necessidade de juntar forças para pressionar a gestão petista a incluir as populações amazônicas nas políticas públicas.
O lançamento dos Seres e Saberes da Amazônia lotou de ativistas e militantes um dos principais pavilhões da Hangar Centro de Eventos, onde é realizado o Diálogos Amazônicos em Belém (PA).
Entre as organizações que acompanharam o lançamento estavam Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Central de Movimentos Populares (CMP), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará (Gempac) e Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Edição: Raquel Setz
