Uma operação da Guarda Costeira da Itália resgatou 91 pessoas após dois barcos com imigrantes afundarem de sexta (4) para sábado (5) nas proximidades da Ilha de Lampedusa, no Mar Mediterrâneo. Entre as vítimas estão dois mortos, uma mulher e uma criança de 1 ano. Ainda há cerca de 30 desaparecidos. Dos 91 resgatados, 34 foram retirados de um penhasco na região, segundo o serviço de resgate.
A suspeita das autoridades locais é que uma das embarcações tenha partido da Tunísia, um dos locais de destaque no processo migratório. A Itália vive uma escalada dos fenômenos de imigração por vias marítimas: em 2022, uma média de 43 mil pessoas com esse perfil aportaram no país, enquanto este ano já foram 92 mil. Os dados são do Ministério do Interior.
Os trabalhos de resgate contaram com agentes dos bombeiros e da Aeronáutica e duraram mais de 30 horas, enfrentando grandes empecilhos por conta da agitação do mar no local. Segundo a mídia local, os passageiros dos barcos eram de países africanos, como Nigéria, Costa do Marfim e Camarões. A primeira embarcação transportava 48 pessoas e a segunda, 42.
A ida de refugiados com esse perfil a territórios como o da Itália faz parte do contexto de intensa crise migratória na Europa. A problemática gera uma crise humanitária que afeta milhares de pessoas e que tem chamado ainda mais atenção nos últimos tempos. É comum que os migrantes partam de lugares como Ásia, Oriente Médio e África com destino à Europa Ocidental. Em abril deste ano, o governo italiano chegou a decretar estado de emergência nacional por conta do volume de migrantes que hoje chegam ao país.
