RETOMADA DIPLOMÁTICA

A pedido de Lula, Celso Amorim viaja a Cuba buscando fortalecer relações

Assessor especial do Planalto ficará cinco dias no país, onde se reunirá com o presidente Miguel Díaz-Canel

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Amorim deve fazer uma viagem de cinco dias a Cuba, na próxima semana - Wilson Dias /Agência Brasil

O Palácio do Planalto confirmou nesta segunda-feira (07/08) que o diplomata Celso Amorim irá a Cuba na próxima semana, atendendo a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Amorim viajará a Havana no dia 15 de agosto, para uma visita de cinco dias, com o objetivo de fortalecer as relações entre Brasil e Cuba, conforme solicitado pelo mandatário brasileiro.

A agenda de Amorim na ilha caribenha ainda não está fechada, mas deve incluir reuniões com o presidente cubano Miguel Díaz-Canel e com diversos ministros.

Em declaração à Folha de São Paulo, Amorim disse que sua viagem seria uma espécie de “prospecção”, buscando encontrar formas pelas quais o governo brasileiro pode ajudar Cuba.

“O Brasil sempre teve relações boas (com Cuba), intensas, não só no governo Lula, mas desde antes. Visitei (Cuba) pela primeira vez, no governo Sarney. Depois, nesse período mais triste das relações internacionais, abandonamos”, comentou o assessor especial do Planalto à Folha.

A viagem ocorre em meio à retomadas das relações entre os dois países depois de quatro anos de afastamento durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Após a posse de Lula, Brasil e Cuba reabriram suas respectivas embaixadas. Em fevereiro, o presidente brasileiro indicou o diplomata Christian Vargas como embaixador em Havana.

O escolhido tem em seu currículo uma recente passagem pelo Departamento de Integração Regional do Itamaraty, além de ter sido embaixador na União Europeia (1999-2002), Uruguai (2002-2004), Argentina (2007-2009), França (2009-2011), Estados Unidos (2015-2018) e Rússia (2018-2020).

Vargas também trabalhou na assessoria internacional da Presidência, no período em que a área era chefiada por Marco Aurélio Garcia, um dos formuladores da política externa durante os dois primeiros mandatos de Lula.

Por sua vez, o governo cubano nomeou como seu embaixador em Brasília o diplomata Adolfo Curbelo Castellanos, que recebeu o agrément do governo brasileiro em março.