Equador

Caso Fernando Villavicencio: suspeitos têm prisão preventiva decretada

Autoridades determinaram 30 dias de detenção aos seis colombianos investigados pela morte de candidato

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Movimentação intensa junto ao hospital onde Fernando Villavicencio foi atendido após ser baleado no último dia 9; ele não resistiu aos ferimentos - Galo Paguay/AFP

Um dia após o assassinato de Fernando Villavicencio no Equador, que concorria à eleição presidencial, os seis colombianos suspeitos de envolvimento no caso foram presos preventivamente na noite desta quinta-feira (10/08).

Segundo a Procuradoria Geral equatoriana, foi instalada uma audiência contra os suspeitos que, com base nos "elementos de condenação" apresentados pelo órgão, foi determinado 30 dias de detenção. 

Mais cedo na quinta, o Ministério do Interior do Equador já havia informado que os seis indivíduos capturados eram estrangeiros. Horas depois, em um comunicado por escrito, a Polícia Nacional confirmou que os suspeitos são todos colombianos e atendem pelos nomes de Andrés Manuel Mosquera, José Neider Lopez Hitas, Adey Fernando García, Camilo Andrés Romero, Jules Osmin Castaño Alzate e Jhon Gregore Rodríguez.

As autoridades afirmam que o sétimo participante do atentado – que teria sido o autor dos disparos que atingiram e mataram Villavicencio, e que morreu durante a troca de tiros com os seguranças do político – também é colombiano, mas não revelaram seu nome.

A Polícia Nacional do Equador afirma que todos os detidos possuem antecedentes judiciais na Colômbia por diferentes delitos, mas ainda se está investigando sua possível vinculação com grupos narcotraficantes ou com milícias paramilitares.

O comunicado não apresentou qualquer informação que vinculasse os seis detidos pela polícia com a facção “Los Lobos”, que divulgou um vídeo reivindicando a autoria do assassinato.

Morte de Villavicencio

Villavicencio era candidato pelo partido de direita Movimento Construye e foi assassinado com três tiros na cabeça após sair de um evento de campanha realizado na cidade de Quito, capital do país.

Após o assassinato, o presidente equatoriano Guillermo Lasso decretou estado de exceção por dois meses em função do caso. Entretanto, o governo garantiu que as eleições gerais não terão seu calendário afetado. Portanto, o primeiro turno continua marcado para o dia 20 de agosto. 

Lasso também anunciou que uma delegação da Agência Federal de Investigação dos Estados Unidos, o FBI, chegará ao país latino-americano para participar da investigação sobre o assassinato do candidato presidencial. Ele disse que solicitou o apoio dos agentes e que a polícia norte-americana aceitou.