BRASIL - EUA

Lula lamenta mortes no Havaí e discute crise climática com o presidente dos EUA

Ao repetir convite para Biden visitar o Brasil, Lula quer país visto como exemplo mundial de preservação ambiental

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Segundo comunicado do Palácio do Planalto, Lula conversou por telefone com Biden por cerca de 30 minutos - Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma conversa por telefone com seu homólogo norte-americano Joe Biden, nesta quarta-feira (16/08), na qual tratou especialmente de temas relacionados às mudanças climáticas do planeta.

Na ligação, Lula expressou as condolências pela mortes ocorridas no incêndio do Havaí, o pior da história dos Estados Unidos.

O comunicado oficial do Palácio do Planalto afirma que o telefonema durou cerca de 30 minutos, nos quais o líder brasileiro “manifestou sua intenção de transformar o Brasil em um exemplo para o mundo nos temas da preservação ambiental e da transição energética”, citando o recente lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o foco que o programa mantém em investimentos nessas áreas.

Entre obras do PAC relacionadas com a questão ambiental estão previstos R$ 41,5 bilhões em investimentos em energia solar, R$ 22 bilhões em eólica e R$ 1,5 bilhão em hidrelétricas, e R$ 6,7 bilhões para usinas térmicas a gás, altamente poluentes.

Durante a ligação, Lula falou sobre a Cúpula da Amazônia, realizada em Belém, há uma semana, e mencionou políticas de financiamento e investimentos para recuperação e reflorestamento de terras degradadas.

O comunicado do Planalto afirma que Biden reconheceu as responsabilidades dos países desenvolvidos e a necessidade de apoiar os países em desenvolvimento a lidar com os efeitos da crise climática.

Além disso, o democrata teria ressaltado “a contribuição de US$ 500 milhões dos Estados Unidos ao Fundo Amazônia e destacou a importância da construção de uma parceria forte, em vista do protagonismo brasileiro”.

Lula e Biden também teriam conversado sobre uma possível proposta conjunta entre Brasil e Estados Unidos e Brasil sobre “o desafio do trabalho digno no século 21”, a qual seria elaborada com a participação de representantes dos movimentos sindicais e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), para ser apresentada durante a próxima Assembleia Geral das Nações Unidas.

Ao encerrar a ligação, Lula reiterou o convite para que Biden visite o Brasil no ano que vem, em encontro a ser realizado em algum estado da região amazônica.