Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Política

É HOJE

Marco temporal: delegações indígenas chegam a Brasília para acompanhar julgamento do STF

Apib afirma que presença das lideranças na capital tem sentido político e também místico; segmento teme voto de Zanin

29.ago.2023 às 20h43
Brasília (DF)
Cristiane Sampaio

Indígenas durante vigília na porta do STF para aguardar julgamento do marco temporal - Mídia Ninja

Cerca de 600 indígenas irão acompanhar em Brasília (DF) o julgamento do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (30). As caravanas começaram a chegar à capital federal desde domingo (27) para participar de mobilização coletiva pela rejeição da tese, que começou a ser analisada pela Corte em 2017, mas já teve o julgamento adiado diversas vezes desde então. 

Uma comitiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) abriu negociações com a polícia do STF para que cerca de 50 lideranças do grupo acompanhem os votos dos magistrados do plenário. Eles também negociam com as forças de segurança do Distrito Federal para que o restante dos indígenas monitore a sessão do lado de fora, em uma espécie de vigília, assim como foi feito em outras datas para as quais estava agendado o retorno da avaliação do caso.

Dinamam Tuxá, um dos líderes da coordenação-executiva da Apib, afirma que, para eles, a observação presencial do julgamento e o acompanhamento do lado de fora do prédio têm não só um sentido político, mas também místico para os povos tradicionais. 

“A nossa presença nas proximidades e até mesmo no plenário do Supremo é também uma forma de a gente emanar a nossa força como povo indígena, até porque, quando estamos nas proximidades, a gente faz os nossos rituais, chama as outras forças que nós acreditamos que fazem parte da nossa cultura, do nosso dia a dia dentro da comunidade, trazemos nossos protetores, nossos anciãos para fazerem a reza, os rituais. Nós acreditamos que essa força pode colaborar com o julgamento a favor dos povos indígenas”, afirma o dirigente.

Segundo a Apib, as delegações incluem ônibus que partiram de São Paulo, Santa Catarina, Rondônia, Pará, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Acre, Minas Gerais e Bahia. Um grupo de 80 integrantes do povo Xokleng, de Santa Catarina, chegou a Brasília na noite de segunda (28). O caso da comunidade é o foco do julgamento, pois a ação que está sob análise dos ministros trata da Terra Indígena Ibirama La-Klãnõ, habitada pelos Xokleng e também pelos povos Kaingang e Guarani. Os ministros irão decidir se a área pode abarcar trechos disputados pelo governo estadual de Santa Catarina e fazendeiros locais. 

A universitária Isabel Tukano veio do Paraná junto com outros três colegas para se somar às delegações. O grupo viajou cerca de 12 horas para chegar à capital federal, na expectativa de contribuir com a pressão coletiva para rejeitar a tese do marco temporal. “Queria muito que eles entendessem que votar a favor dos indígenas é votar a favor de toda a humanidade”, afirma a estudante, ao mencionar a cultura de conservação dos recursos ambientais, historicamente mantida pelos povos tradicionais.

A tese do marco temporal se ampara na ideia de que as comunidades tradicionais só têm direito a terras que já estivessem ocupadas ou sob disputa desde antes da promulgação da Constituição Federal de 1988. Isabel Tukano lembra a importância do julgamento, ao destacar que o caso tem repercussão geral, ou seja, a decisão que vier a ser tomada pelos ministros valerá como entendimento de referência para a situação jurídica de todos os demais povos, inclusive os que já têm seus territórios formalmente demarcados.   

“Como é um tema que abala todos os povos, principalmente os que estão em áreas de retomada, territórios que ainda não foram homologados ou demarcados, a nossa vinda à Brasília é muito importante porque a gente precisa mostrar ao nível nacional e internacional que os povos indígenas existiam antes mesmo de Cabral chegar ao Brasil. Nós existimos, somos milhares, com territórios e línguas diferentes. Então, eu vim pra Brasília defender o território, porque o indígena sem território não é nada."  

Expectativa

Nesta terça-feira (29) de véspera da retomada do julgamento, são comuns entre os indígenas os relatos de ansiedade diante do placar que venha a ser firmado pela Corte a respeito do caso. A espera se torna ainda mais tensa quando o assunto é o voto do ministro Cristiano Zanin, que foi indicado pelo presidente Lula (PT) e assumiu o posto recentemente. Em poucas semanas de atuação no STF, o magistrado rejeitou a descriminalização da maconha, a equiparação da transfobia e da homofobia ao racismo, assim como votou contra ação que tratava de violência policial sofrida por indígenas. 

Este último posicionamento, por exemplo, fez o ex-advogado de Lula se alinhar a Kassio Nunes e André Mendonça, indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tidos como os integrantes mais conservadores da atual composição da Corte. Essas primeiras manifestações de Zanin no STF deixaram em alerta lideranças indígenas, que temem um possível voto favorável ao marco temporal.

“Estamos bastante receosos do que pode vir porque não sabemos como ele vai reagir. Com as últimas movimentações dele, isso deixa um certo receio, medo e ansiedade na gente”, afirma Dinamam Tuxá. Na mesma sintonia, Isabel Tukano diz que há grande expectativa em torno do voto do ministro. 

“A gente espera que ele se sensibilize porque nós também somos conservadores dentro da nossa questão do saber indígena. Que ele entenda que ser indígena é uma forma de conservar, e conservar para todo mundo e para a própria família dele um ar que seja respirável, uma água limpa.”

Até o momento, o placar na Corte está em um voto favorável ao marco temporal por parte de Kassio Nunes e dois votos contrários à tese, sendo estes últimos vindos dos ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin, o relator do caso. O julgamento deve ser retomado na tarde de quarta (30), com a leitura do voto de André Mendonça.

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

COMIDA DE QUALIDADE

Na Feira do MST, famílias camponesas e comida sem veneno são as principais estrelas

Brasil-China

Máquinas chinesas no Brasil devem ajudar nossa soberania tecnológica, diz dirigente do MST

DESTINO DE LULA

China é maior parceira comercial do Brasil há 15 anos e compra mais do que o dobro dos EUA

MATERNIDADE POLÍTICA

Dia das mães é o último da Feira do MST: ‘Que nossos filhos herdem não só a terra, mas a justiça’, diz camponesa

DIA DAS MÃES

Mães na escala 6×1 enfrentam exaustão e distância dos filhos para garantir sustento familiar

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.