ECONOMIA

Expectativa de crescimento do PIB em 2023 sai de 0,5% e ruma para 3% em um ano

Boletim Focus registra mudança de avaliação de economistas sobre o Brasil em 12 meses

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |

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Economia brasileira vem surpreendendo economistas de bancos sistematicamente em 2023 - Marcos Santos/USP Imagens

A economia do Brasil cresceu 0,9% no segundo trimestre deste ano, e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atualizou suas expectativas para o crescimento total em 2023. Agora, ele espera que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresça 3%.

Economistas ligados a bancos também têm melhorado suas projeções para o PIB depois de se surpreenderem com o desempenho acima do esperado da economia nacional neste ano. Há 12 meses, eles estimavam que a economia nacional cresceria só 0,47% em 2023. Agora, a expectativa já está em 2,56%.

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Essas previsões estão registradas em edições do Boletim Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central (BC). O BC coleta periodicamente as opiniões de economistas ligados ao mercado financeiro e as divulga.

Nesta segunda-feira (4), a primeira depois da divulgação do PIB, a mediana das expectativas sobre o crescimento da economia nacional passou de 2,31% para 2,56%. Economistas ouvidos nos últimos cinco dias úteis, inclusive, já estimam crescimento de 2,66%.

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Em janeiro, esses mesmos economistas projetavam que o PIB crescesse 1%. O fato foi lembrado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), na última sexta-feira (1º) Segundo ele, levada em conta essa estimativa, o Brasil está crescendo o triplo do esperado neste ano.

"Eu quero lembrar que, nessa mesma época, as projeções médias do mercado eram de um crescimento inferior a 1%. Portanto, em relação ao que estava sendo projetado para a economia brasileira no começo do ano pelo mercado, nós estamos com um crescimento três vezes superior ao que estava sendo pensado", enfatizou Haddad.

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Os economistas dos bancos também estimam que a inflação feche o ano em 4,92% e que a taxa básica de juros, Selic, esteja em 11,75% ao ano. Essas duas previsões mantiveram-se praticamente estáveis de uma semana para outra e alinhado com que os mesmos calculavam há 12 meses.

Edição: Vivian Virissimo