6,8 de magnitude

Terremoto mata mais de mil pessoas no Marrocos

Tremor atingiu cidade turística de Marrakech e outras províncias do país africano

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Mulher chora em meio a escombros deixados por terremoto que atingiu Marrocos na sexta (6) - Fadel Senna/AFP

Um forte terremoto matou pelo menos 1.037 pessoas e feriu ao menos outras 1.200 no Marrocos, na noite de sexta-feira (8). O tremor teve epicentro numa região próxima à cidade turística de Marrakech e atingiu magnitude 6,8 na chamada Escala Richter, que mede a força de eventos como esse num intervalo numérico que vai de zero a 10.

O número de vítimas e feridos foi informado pela mídia estatal marroquina às 10h deste sábado (9), mas deve ser atualizado por autoridades nas próximas horas. A magnitude do tremor foi registrado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

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De acordo com a Embaixada do Brasil em Rabat, capital do Marrocos, não há notícias de brasileiros mortos ou feridos até o momento. A seleção pré-olímpica de futebol masculino está no Marrocos para a disputa de amistosos. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou que jogadores e comissão técnica estão bem.

Segundo a USGS, o terremoto ocorreu às 19h11 no horário de Brasília (23h11 no horário local). Seu epicentro foi a 71 km a sudoeste de Marrakech, nas montanhas do Atlas, a uma profundidade de 18,5 km da superfície terrestre.

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As províncias mais atingidas foram Al Haouz, Ouarzazate, Marrakech, Azilal, Chichaoua e Taroudant. Nesses locais, há centenas de vítimas, segundo o Ministério do Interior local.

O tremor também foi sentido em Portugal, na Espanha e na Argélia.

Zona de terremotos

O Marrocos está localizado entre as placas tectônicas da África e euroasiática. Isso faz com que o país seja frequentemente atingido por terremotos.

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Em 2004, pelo menos 628 pessoas morreram e 926 ficaram feridas por conta de um terremoto em Alhucemas, no nordeste do país.

Em 1980, o terremoto em El Asnam, na Argélia –país vizinho–, matou 2.500 pessoas e deixou 300.000 desabrigados.

A porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse em comunicado que a Organização das Nações Unidas está “pronta para ajudar o governo de Marrocos nos seus esforços para auxiliar a população afetada”.

Edição: José Eduardo Bernardes