Encontro

Em trem blindado, Kim Jong-un chega à Rússia para encontro com Putin

Transporte que leva líder da Coreia do Norte cruzou a região de Primorye, na fronteira entre os países

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Essa é a primeira vez que Kim sai oficialmente do território norte-coreano desde o começo da pandemia da covid-19 - KCNA

O governo russo informou nesta terça-feira (12/09) que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, entrou no território da Rússia, onde deverá se reunir com o presidente Vladimir Putin.

A agência estatal russa Ria Novosti divulgou que o trem de Kim cruzou a região de Primorye, na fronteira com a Coreia do Norte, e mostrou imagens do transporte verde escuro sendo puxado por uma locomotiva da Russian Railways.

De acordo com a emissora de TV Rossiya-1, o comboio passou em "total sigilo" pela estação Chasan, localizada no território russo, perto da fronteira, e depois continuou pela ferrovia Transiberiana.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a reunião entre Putin e Kim será realizada no Extremo Oriente, mas não disse o local exato. O encontro ocorre em meio a especulações de um acordo de armas entre as nações.

Já estava sendo especulado o encontro entre as duas lideranças e que poderia acontecer em Vladivostok, cidade russa próxima da fronteira com a Coreia do Norte e onde está sendo onde será realizado de 10 a 13 de setembro o Fórum Econômico Oriental, com a presença de Putin.

Essa é a primeira vez que Kim sai oficialmente do território norte-coreano desde o começo da pandemia da covid-19.

Especialistas acreditam que Moscou provavelmente pedirá a Pyongyang projéteis de artilharia e mísseis antitanque em troca de tecnologia avançada de satélite e submarinos com propulsão nuclear.

As conversações serão realizadas entre as duas delegações e também na modalidade individual, seguidas de um jantar oficial.

Segundo Peskov, Kim e Putin devem discutir "temas sensíveis", ignorando ao mesmo tempo "avisos" dos Estados Unidos de que a Coreia do Norte "pagaria um preço" se fornecesse a Moscou armas para o conflito na Ucrânia.

"Ao construir as nossas relações com os nossos vizinhos, incluindo a Coreia do Norte, o mais importante para nós são os interesses dos nossos dois países, e não os avisos de Washington", acrescentou Peskov, enfatizando que não está prevista qualquer coletiva de imprensa.

(*) Com Ansa.