* com informações da SUCOM/UFPR
O projeto de iniciação científica Monitoramento Contínuo de Rio (MONCOR), do Departamento de Energia Elétrica da Universidade Federal do Paraná (UFPR), tem como objetivo , por meio de sensores eletrônicos, monitorar os rios da cidade de Curitiba acompanhando mudanças como temperatura, nível, turbidez e impedância (condutividade) elétrica.
O projeto piloto começou analisando o córrego Tarumã que atravessa bairros da zona leste de Curitiba. As informações podem ser acessadas pela internet, em tempo real, por pesquisadores e moradores dos bairros no entorno do Tarumã.
Sensores usam componentes eletrônicos para enviar informações que podem ser acessadas em tempo real pelo site https://moncor.eletrica.ufpr.br/ Contando com esse tipo de informação, pode-se pensar em agir mais rapidamente para proteger as comunidades e os próprios rios, evitando problemas capazes de afetar a qualidade da água e auxiliando em planos de despoluição.
“Estudando as mudanças e as correlações entre esses índices, podemos compreender o que eles significam em conjunto”, explica o professor Eduardo Parente Ribeiro, coordenador do Moncor. Para isso, o projeto conta com uma rede de sensores espalhados pelo córrego, obtendo dados sobre a situação física do curso d’água.
Segundo o coordenador, o envolvimento da comunidade tem permitido a troca de informações valiosas sobre o cotidiano do riacho. “É uma vantagem dessa pesquisa ser ao mesmo tempo teórica e aplicada, e ainda ser feita junto à comunidade”, diz Ribeiro.
Sensores ficam na UFPR captando informações de outros sensores no rio. / Marcos Solivan /UFPR
O projeto também vem construindo o que chamam de kit de monitoramento contínuo de rios do Moncor que inclui sensores que ficam no rio conectados a uma caixa estanque que fica na margem. A caixa contém parte do circuito sensor, e o circuito de comunicação com as outras caixas com sensores ao longo do rio.
A caixa principal recolhe os dados e os transmite, via internet, para a central de armazenamento na UFPR. Os sensores já posicionados no riacho medem nível, temperatura da água e do ar. Já testados e aprovados, em breve serão instalados sensores de impedância elétrica e turbidez.
Sobre o Tarumã, o monitoramento tem mostrado que o riacho tem problemas não apenas com ligações irregulares de esgoto, que atingem as galerias pluviais, mas especialmente com redes de esgoto antigas que se rompem e precisam de manutenção constante.
Para ampliar as análises de indicadores, o Moncor estuda levar uma segunda operação para o córrego Aviário, que faz parte da bacia do rio Belém — que reúne os rios com mais problemas de poluição de Curitiba — e corta o Centro Politécnico da UFPR, também na zona Leste, se estendendo por mais de 17 quilômetros.