trabalho digno

A carreira nacional para os trabalhadores do SUS é possível, necessária e demanda vontade política

'O que mais coloca em risco o SUS atualmente é a ausência de uma carreira para os seus trabalhadores', diz pesquisadora

Ouça os episódios nas principais plataformas de podcast - Foto: Divulgação

O Sistema Único de Saúde (SUS) tem aproximadamente 4,5 milhões de trabalhadores e, apesar de ser universal e um patrimônio do país, seus trabalhadores são considerados “qualquer coisa” pelos gestores e para eles qualquer vínculo empregatício é aceitável. 

Essa é a avaliação da pesquisadora das relações de trabalho no âmbito do Sistema Único de Saúde Maria Helena Machado, entrevistada desta semana no podcast Medicina em Debate. A professora da ENSP/Fiocruz foi enfática ao afirmar que é viável uma carreira nacional para os trabalhadores do SUS e que com vontade política é possível uma solução institucional que efetive esta proposta. 

A pesquisadora acredita que a carreira, possibilitando um trabalho decente para o conjunto dos trabalhadores, é um elemento central para o avanço do SUS: “Como o SUS vai se consolidar, se eles estão tratando com desprezo os trabalhadores? Estamos em um momento grave, de desproteção dos nossos trabalhadores. E a salvação do SUS neste momento passa pela carreira”, afirma.  

O episódio desta semana contou também com a participação especial de Renato Santos, doutorando em sociologia do trabalho pela Universidade de Coimbra e professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

Confira o episódio completo:

Edição: Rodrigo Gomes