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Trampo precarizado

Trabalho em apps: Lula lança plano com Biden enquanto regulação vive impasse no Brasil e entregadores convocam breque

Sem acordo entre trabalhadores e empresas em GT, governo vai apresentar PL de regulamentação em 30 de setembro

20.set.2023 às 17h42
São Paulo (SP)
Gabriela Moncau

Entregadores protestam em frente ao Ministério do Trabalho em Brasília no último 13 de setembro, antes de reunião do Grupo de Trabalho sobre regulamentação - Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

Nesta quarta-feira (20) em Nova Iorque o presidente Lula lançou, junto com o mandatário estadunidense Joe Biden, o documento "Coalizão Global pelo Trabalho". Sem entrar em detalhes práticos sobre a viabilização do plano, o petista defendeu um "novo marco na relação entre capital e trabalho", o fortalecimento de sindicatos e a proteção dos direitos de quem trabalha com plataformas digitais.  

Enquanto isso, no entanto, a regulamentação do trabalho em apps no Brasil vive um impasse. Depois de quase cinco meses de reuniões, o Grupo de Trabalho (GT) instalado pelo governo federal com representantes de trabalhadores de aplicativos não chegou a acordo nenhum.  

Diante deste cenário, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) prepara sua própria proposta, com um projeto de lei (PL) que deve ser apresentado ao Congresso em 30 de setembro, último dia formal de existência do GT. Questionada, a pasta anunciou não ter informações sobre o teor do texto, pois "as partes ainda estão em negociação".  

Apuração do Brasil de Fato aponta, no entanto, que se ventila a definição de R$30 como remuneração mínima por hora de corrida para motoristas de transporte individual e R$17 para entregadores de moto. Estes valores são rechaçados pelos trabalhadores. O tema é uma das principais polêmicas do debate sobre a regulamentação.  

:: 'Quer cooptar?': iFood envia roteiros de vídeos e 'brindes' para entregadores influencers ::

Neste contexto, entregadores convocam um breque nacional com início em 29 de setembro. Com a hashtag #baratoquesaicaro, os trabalhadores envolvidos na mobilização fizeram um vídeo sobre a letalidade da profissão e materiais pedindo a adesão de restaurantes a um boicote nos dias de greve.  

Em comunicado convocando a mobilização, os trabalhadores que integram o GT – membros de centrais sindicais e da Aliança Nacional dos Entregadores (ANEA) – afirmam que "as empresas de aplicativos fecharam as portas ao diálogo". Dizem, ainda, não concordar com "o posicionamento dúbio e vacilante do governo federal".  

O que vai ser considerado trabalho? 

A falta de acordo não é apenas sobre os valores da remuneração mínima, mas também sobre o que conta como tempo trabalhado. Para as empresas – e, ao que fontes indicam, também para o governo federal – só vale como tempo de trabalho aquele período em que uma pessoa ou mercadoria está sendo transportada.  

Já os entregadores e motoristas argumentam que estão trabalhando desde o momento em que ficam logados e à disposição da plataforma. Como um garçom, por exemplo, cujo salário não está limitado ao momento em que ele atende uma mesa.  

"A hora logada, a disponibilidade, é fundamental. Precisamos receber por esse tempo", defende o entregador recifense Rodrigo Lopes. Presidente do Sindicato dos Entregadores e Trabalhadores por Aplicativos em Pernambuco (Seambape), ele é um dos participantes, pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), do GT criado pelo Ministério do Trabalho.  

"Fazemos um investimento na moto, habilitação, manutenção, alimentação, tudo isso para poder executar o serviço da plataforma e precisamos ser remunerados por esse tempo disponível. As empresas estão fazendo jogo duro", opina.    

O abismo entre as propostas de ganho mínimo 

Além disso, para o paulista Jr. Freitas, participante do GT em nome da Aliança Nacional dos Entregadores (ANEA), "o valor de R$17 por hora é impensável para a categoria". Os entregadores querem, no caso de motoboys, a remuneração de R$35,76 por hora online no app. 

"A gente fez estudos com várias pessoas que entendem do assunto para chegar num denominador comum. Como classe dos entregadores, a gente chegou a esse valor, que entendemos que é justo", conta Lopes.  

Já os motoristas de apps como Uber e 99 defendem outro tipo de cálculo, baseado em um valor cobrado quando a corrida começa, somado a um pagamento por quilômetro rodado e por minuto. A remuneração desejada pelos trabalhadores varia de acordo com o tipo de carro. O mais simples, por exemplo, partiria de R$15, acrescentando R$2,50 a cada km e R$0,30 por minuto.  

:: Uberização traz novo controle dos modos de vida e de luta dos trabalhadores, diz pesquisadora ::

Pelo lado das gigantes do delivery e do transporte de passageiros, a representação está sendo feita por duas entidades. O Movimento Inovação Digital (MID) reúne cerca de 100 empresas, entre as quais Rappi, Loggi e OLX. E a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Abomitec) representa iFood, Uber, Buser, 99, entre outras.  

A última proposta formal apresentada pelas entidades empresariais no fim de agosto era de R$12 por hora para motoboys (contando apenas o período em que a entrega está sendo feita) e, para motoristas, R$21,22 no caso da Abomitec e R$25 sugerido pela MID.  

Fora do papel, no entanto, trabalhadores ouvidos pelo Brasil de Fato afirmam que na última reunião do GT, que aconteceu em 14 de setembro, as plataformas alteraram a proposta. Chegaram ao valor de R$17 por hora para entregadores de moto – contando como tempo trabalhado apenas aquele em que o produto está na bag. Não houve acordo.  

"Deixaram que nos digladiássemos com as empresas"

"Esse valor de R$17 foi oferecido pelas empresas. E o governo está prestes a aceitar um valor sem consultar a bancada dos trabalhadores. Porque realmente até agora não chegou nenhum convite para a gente discutir", diz Jr. Freitas.  

"Durante todo o funcionamento do GT, o ministro Luiz Marinho apareceu uma única vez, deu uma entrevista e saiu. Depois nunca mais ninguém da bancada dos trabalhadores teve contato com o Marinho. Menos ainda com o presidente Lula. Então existe um afastamento", avalia o entregador.  

"Deixaram que nos digladiássemos com as empresas de app, porque é isso que acontece quando coloca trabalhador de um lado e empresário que só visa lucro do outro", critica Freitas. Perguntado pela reportagem a respeito disso, o Ministério do Trabalho não se manifestou.  

Segundo o site Jota, a pasta teria feito duas reuniões paralelas ao GT para elaborar o PL. Uma delas com a Abomitec, o MID e o Sindicato de Motoristas de Aplicativo de São Paulo (STATTESP). A outra, apenas com o iFood e o Sindimoto-SP.  

"A gente não chegou a um consenso na mesa tripartite. Vamos esperar a posição do presidente Lula", resume Rodrigo Lopes. Para Jr. Freitas, "a situação está complicada". "Essa regulamentação tem que vir da mão dos trabalhadores, feita pelos trabalhadores, apresentada para o governo e as empresas de plataforma", defende.  

Editado por: Thalita Pires
Tags: breque dos appsdireitos sociais e econômicosentregadoresifoodtrabalho
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