Tragédia

Após fortes chuvas, sobe para seis o número de mortos em São Paulo; vários bairros estão sem energia há 18 horas

Fornecedora de energia no estado, Enel é acusada de cortar canais de comunicação com a população

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Tempestade provocou queda de árvores e deslizamentos em São Paulo - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A forte chuva que ocorreu em São Paulo na noite da última sexta-feira (3) já deixou seis mortos no estado, de acordo com o porta-voz da Defesa Civil de São Paulo, Roberto Farina.

Duas das vítimas morreram na capital paulista; uma em Osasco; uma em Santo André; uma em Limeira; e uma em Suzano. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), raios e ventos de até 100 km por hora acompanharam a tempestade.

O Corpo de Bombeiro de São Paulo registrou 1.281 chamados por queda de árvores. Outras 46 ligações foram feitas para comunicar desabamento e desmoronamentos. No Aeroporto de Congonhas, os voos foram interrompidos após uma queda de energia que atingiu tofo o prédio.

Alguns bairros de São Paulo estão sem luz há 16 horas. De acordo com a Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia no estado, as regiões mais afetadas são a zonas oeste e sul.

"Devido à complexidade do reparo e a necessidade de reconstrução de trechos da rede, o restabelecimento da energia se dará de forma gradual e, em alguns casos, pode levar mais tempo", diz a Enel em nota enviada à imprensa.

Entre os bairros que seguem sem energia estão Vila Mariana, Alto de Pinheiros, Liberdade, Butantã, Pompeia e Barra Funda. Nas redes sociais, usuários acusaram a empresa de desligar os canais de atendimento e deixar a população às cegas.


Árvore caída no bairro do Butantã, zona oeste da capital paulista, na manhã deste sábado (4) / Thalita Pires/Brasil de Fato

A vereadora Luana Alves criticou a empresa. "16 horas sem energia elétrica em dezenas de bairros em São Paulo. Inclusive no meu. A Enel cortou canais de atendimento. Mas fiquem tranquilos, que o lucro está garantido para o acionistas! E o bolso-governador de SP ainda quer privatizar a Sabesp. Não podemos permitir!"

 

Edição: Thalita Pires