Minas Gerais

8 ANOS DO CRIME

Em Minas Gerais, atingidos de Brumadinho prestam solidariedade aos de Mariana

Até hoje, famílias impactadas pelos rompimentos das barragens da Vale, da Samarco e da BHP Billiton lutam por justiça

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
O rompimento da barragem de Fundão, em 2015, deixou 19 mortos e contaminou o Rio Doce - Foto: Reprodução

No marco dos oito anos do crime da Samarco/Vale/BHP Billiton em Mariana, município de Minas Gerais, no último domingo (5), atingidos de Brumadinho, que também enfrentaram, em 2019, o rompimento da barragem da Vale em Córrego do Feijão, foram até Bento Rodrigues, subdistrito devastado pela lama, prestar solidariedade às famílias.

Compreendendo que são parte da mesma luta, 20 lideranças comunitárias de Pires, Quilombo do Sapé, Marinhos e Ribeirão, Ponte das Almorreimas, Tejuco, Monte Cristo, Amianto, Canto do Rio, Centro, além do próprio Córrego do Feijão, participaram de uma missa e de um ato que relembraram e denunciaram um dos maiores crimes socioambientais do país.

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“As lideranças de Bento nos pediram desculpas porque os seus gritos não foram suficientes para impedir o rompimento em Brumadinho. Nós pedimos desculpas para eles porque não escutamos os gritos de Mariana como deveríamos. Até hoje, a Vale não pediu desculpas para ninguém, e nem foi responsabilizada por ambos os crimes”, disse a atingida Marina Oliveira, nas redes sociais.

O rompimento da barragem de Fundão, em 2015, deixou 19 mortos, contaminou o Rio Doce, o solo e o ar, e destruiu modos de vida das comunidades ao longo de toda a bacia. Até os dias de hoje, os atingidos não tiveram garantida a reparação integral pelos danos sofridos.

Edição: Larissa Costa