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IMPACTOS

Dificuldades de acesso à agua prejudica produção agropecuária das comunidades atingidas

População da bacia do Rio do Doce relata empobrecimento e retrocesso econômico desde o rompimento da barragem de Fundão

09.nov.2023 às 22h09
Belo Horizonte (MG)
Maria Luísa Sousa, Quel Satto e Silmara Filgueiras

O desastre-crime de responsabilidade da Samarco/Vale/BHP Billiton provocou a liberação de mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no meio ambiente. - Foto: Fred Loureiro/Secom-ES

Com a passagem e permanência da lama ao longo da bacia do Rio Doce, as comunidades atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, enfrentam o desafio de lidar, há oito anos, com a ausência de água ou com o acesso à água cuja procedência é duvidosa. O desastre-crime de responsabilidade da Samarco/Vale/BHP Billiton provocou a liberação de mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro no meio ambiente.

Segundo estimativas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a área atingida no trecho total chegou a 1,5 mil hectares, sendo que a lama percorreu mais de 650 quilômetros até a foz do Rio Doce, no litoral do Espírito Santo.

Na zona rural de Mariana, o modo de vida das comunidades garantia a autonomia das famílias. Tudo isso foi soterrado por uma onda de rejeitos que se arrasta pelo tempo. De acordo com Maurílio Batista, assessor técnico da Cáritas MG, assessoria técnica independente (ATI) em Mariana, nas comunidades da zona rural, a dependência da água é ainda maior do que nas áreas urbanizadas, tendo em vista que a principal atividade econômica na região é a produção leiteira.

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“É preciso considerar que apenas uma vaca produzindo leite consome em torno de 60 litros de água por dia. Somado a esse dado, o volume de água para higienização dos espaços de ordenha pode chegar a 100 litros de água por dia por vaca. Sendo assim, o consumo final de água por vaca ordenhada pode chegar, em média, a 160 litros por dia”, aponta Maurílio, que também é engenheiro agrícola e ambiental.

Diante da grande necessidade de água para a produção de leite e da falta de acesso ao recurso, os produtores da região afirmam que estão empobrecendo a cada ano que passa. “Hoje, a gente vive em uma outra realidade, em um retrocesso econômico, porque a vida está destruída”, conta Marino D’Angelo Júnior, morador de Paracatu de Cima.

Atualmente, o produtor vive em um reassentamento familiar que não atende às necessidades de seus animais. Assim como ele, ao seu redor estão muitas outras famílias que perderam o acesso à água em abundância desde o rompimento da barragem de Fundão.

Fornecimento de água não é suficiente para os animais

Segundo a Cáritas MG, nos reassentamentos, a Fundação Renova, empresa controlada pelas mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton que é responsável pela reparação, propõe apenas o fornecimento de água potável para uso doméstico e para atividades produtivas, não considerando nos cálculos de demanda hídrica o volume necessário de água para outras atividades das comunidades, com o uso para a produção agropecuária, o que pode comprometer a soberania alimentar das comunidades.

Antes do rompimento da barragem, a água era abundante nas comunidades, provinda de nascentes, cisternas, do Rio Gualaxo do Norte e de seus afluentes. Os custos envolvidos na captação e distribuição eram mínimos, em alguns casos, nulos. Já o modelo de captação e distribuição nos reassentamentos coletivos apresenta alto custo, com previsão de ser dividido entre as famílias.

“Quando a gente fala que é um castelo desmoronando, é porque o custo é insustentável para o morador, é insustentável manter esse padrão. Nós estamos saindo de uma comunidade rural, de um subdistrito para o perímetro urbano e isso tem custos altíssimos e encargos que a gente não tinha antes, por exemplo, a conta de água”, afirma Anderson de Jesus, atingido de Paracatu de Baixo.

Qualidade da água

Por meio da Fundação Renova foram criados programas para manejo de rejeitos e tratamentos dos rios, porém, os moradores ainda se sentem inseguros quanto à qualidade da água e também relatam que a lama ainda está depositada na calha do rio e nas áreas de plantio.

“Eu gostava de ir ao rio pescar e hoje não tenho coragem de fazer isso, não confio. Gostava de tomar um banho no rio, mas a gente não sabe como essa água está”, afirma Creonice Gonçalves, moradora do subdistrito de Pedras. Edenilson Viana, também morador de Pedras, relata a improdutividade das terras onde a lama foi depositada. “A gente podia plantar na beirada do rio, né? Se você plantar uma cana, ela não vai para a frente. Pode colocar adubo, você pode colocar o que quiser, a terra está toda poluída”, desabafa.

Outro lado

Procurada para comentar a situação dos atingidos, a Renova afirmou, em nota, que "o monitoramento hídrico da bacia do Rio Doce demonstra que a qualidade da água retornou aos parâmetros similares aos anteriores ao rompimento da barragem de Fundão. Ações integradas de restauração florestal, recuperação de nascentes e saneamento estão acontecendo ao longo da bacia e visam a melhoria da qualidade da água".

Editado por: Larissa Costa
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