Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

VIOLÊNCIA SOCIAL

Jeferson Miola denuncia senador Mourão ao MPF por crime de racismo

O general Hamilton Mourão é reincidente na prática do crime de racismo e na aporofobia – que significa nojo de pobres

16.nov.2023 às 13h15
Porto Alegre
Redação

General Hamilton Mourão - Pablo Porciuncula / AFP

Em entrevista à  Folha de S. Paulo concedida no sábado (11), o general Hamilton Mourão (REP/RS) acusou negros e pobres pelo roubo de 21 fuzis e metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, estado de São Paulo.

:: Hamilton Mourão chama de 'hipocrisia' o combate ao garimpo ilegal na terra Yanomami ::

No mesmo dia, em artigo publicado no Diário do Centro do Mundo (DCM), o jornalista Jeferson Miola denunciou: "General Mourão reincide no crime de racismo e na aporofobia".

Ainda no sábado, Jeferson Miola entrou com representação contra o senador Hamilton Mourão no Ministério Público Federal (MPF) pelo crime de racismo e conduta típica de aporofobia — aversão e nojo de pobres que normaliza ataques, segregação e violência social e institucional contra pobres pelo fato de serem pobres.

Miola indicou a Procuradoria Geral da República (PGR) para tramitação.

Confira a íntegra da representação ao MPF

Prezados/as senhores/as,

Apresento a presente Representação contra o senador Hamilton Mourão pela prática do crime de racismo e, também, por conduta típica que caracteriza Aporofobia – aversão e nojo de pobres que normaliza ataques, segregação e violência social e institucional contra pobres pelo fato de serem pobres.

O senador é reincidente nessas práticas abjetas, conforme amplamente repercutido na imprensa nacional.
Em 2018, na condição de candidato a vice-presidência da República, o senador associou o subdesenvolvimento e o atraso do Brasil à “indolência” dos indígenas e à “malandragem” dos negros.

Diante da forte reação àquela manifestação, e para se imunizar de eventual responsabilização pela prática de racismo, ele então alegou possuir ascendências indígena e afro, o que supostamente seria incompatível com a prática de racismo.

Entretanto, na véspera da eleição presidencial de 2018, no dia 6/10, o então candidato a vice traiu a desculpa de ocasião e elogiou a “beleza do neto” como consequência do “branqueamento da raça”.

No dia 20 de novembro de 2020, exatamente na data que se celebra a Consciência Negra, e já então como vice-presidente da República, Mourão repercutiu o assassinato bárbaro do negro Beto Almeida por seguranças do grupo Carrefour em Porto Alegre com uma frase que, segundo farta literatura sobre o assunto, caracteriza racismo: “no Brasil não existe racismo”, afirmou.

Tal afirmação caracteriza racismo porque legitima e justifica de todo tipo de violência, opressão, exclusão e segregação historicamente sofrida pelo povo negro.

A negação do racismo, a despeito do racismo cruel que vitimiza cotidianamente as pessoas negras, é um procedimento político, social e institucional que desumaniza o negro para banalizar as práticas desumanas, discriminatórias, violentas e cruéis contra negros como normais e aceitáveis.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo na edição de 11/11/2023, o senador acusou negros e pobres pelo roubo de 21 fuzis e metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, estado de São Paulo.

O general fez uma dedução simplista, a partir do que pode ser considerada uma lógica racista elementar, e criminalizou genericamente –e sem nenhuma prova– os negros e pobres pelo roubo das armas numa unidade do Exército brasileiro.

“Os soldados que nós temos”, disse Mourão, “é a garotada que vem da periferia. Quem serve ao Exército é a turma preta, pobre, analfabeta. Essa é a turma que serve ao Exército, na sua grande maioria”.

O senador então deduziu que o soldado com tal perfil –“turma preta, pobre, analfabeta”– deixa as unidades militares “sujeitas a essa ação do crime organizado”.

Pode-se deduzir, a partir desta caracterização que faz o senador Mourão, que os negros e pobres –simplesmente pelo fato de serem negros e pobres– são, a priori, e em qualquer situação, criminosos.

Sempre. E independentemente de qualquer prova ou fundamento.

A criminalização que o senador faz de soldados negros e pobres por desvios, malfeitos, e ilegalidades no Exército contrasta, no entanto, com as provas reveladas em inúmeras investigações criminais em curso envolvendo oficiais de alta patente e comandantes das Forças Armadas brasileiras – na totalidade homens brancos e com salários elevados, mas nenhum soldado e, menos ainda, negro.

Tal realidade seria suficiente para o senador Mourão se abster de conclusão tão agressiva e vil contra pobres e negros. Talvez, no entanto, o racismo nele entranhado turve a capacidade de discernimento deste parlamentar.

A prática de “racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei”, diz o inciso XLII do artigo 5º da Constituição brasileira.

Em vista do exposto, solicito providências do MPF a respeito do que caracteriza ser uma prática contumaz e reincidente de crime de racismo pelo senador Hamilton Mourão.

Cordialmente


Editado por: Marcelo Ferreira
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Escalada

Lula defende aumento do IOF e critica ‘rebelião’ contra medidas: ‘Só pode ser a desgraçada da doença da acumulação de riqueza’

JULGAMENTO

Moraes veta depoimentos de filhos de Bolsonaro em julgamento da trama golpista

Pressão popular

Plebiscito Popular lança votação pela taxação dos super-ricos e o fim da escala 6×1

PROJETOS PARADOS

Artistas de João Pessoa cobram novamente à Funjope pagamento atrasado do Edital de Fomento Cultural

Saúde pública

Vacina contra meningite começa a ser aplicada em bebês de 12 meses na rede pública do DF

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.