O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) avalia não convocar assistentes sociais e psicólogos aprovados no último concurso para preenchimento de vagas. A informação é um banho de água fria para os aprovados, que esperam pela nomeação já que o prazo final do concurso vence em 31 de dezembro.
Hoje, as equipes multidisciplinares que atendem, em especial, as varas da Família, Violência Doméstica, Crimes contra Infância e Juventude estão desfalcadas e atuam em sobrecarga, prejudicando o atendimento técnico da área junto aos processos.
Com a abertura do concurso, o Tribunal esperava repor parte dos 111 cargos vagos de psicólogos e 50 de assistentes sociais. Recentemente, esses servidores conseguiram evitar uma manobra do Judiciário para contornar a falta de profissionais com um projeto de regionalização do atendimento. Na avaliação dos servidores, isso seria o colapso no sistema com o aumento do número de processos, prejudicando a análise técnica das ações judiciais.
O TJPR, por sua vez, aprovou a convocação de 40 profissionais, no entanto, vinculou a nomeação com o estabelecimento da regionalização. O projeto acabou suspenso pelo desembargador-presidente Luiz Fernando Tomazzi Keppen.
Procurado pela reportagem do Brasil de Fato Paraná, o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Paraná (Sindijus-PR) afirmou que vem negociando com a administração a convocação de todos os aprovados da área psicossocial e a prorrogação do concurso de técnico judiciário do 1º grau por mais dois anos.
“Em reunião com o presidente recebemos a informação de que a administração vai avaliar os dois pedidos nos próximos dias. Reiteramos a necessidade de o TJPR preencher as vagas de assistentes sociais e psicólogos e manter a convocação do concurso de técnicos. A falta de servidores é severa e tem levado muitos a adoecer”, explica nota da direção do Sindijus-PR.
Posição do TJPR
Até o fechamento da edição, a reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, sem resultados. Publicaremos em nossos canais assim que tivermos uma posição do tribunal.
