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CRIME CONTINUADO

Em Pompéu (MG), famílias atingidas pela mineração denunciam falta de água e descaso da Vale

“Os animais têm bem mais valor do que eu, porque eu não recebo água e eles recebem”, diz morador

04.dez.2023 às 21h45
Updated On 07.dez.2023 às 21h45
Belo Horizonte (MG)
Ana Carolina Vasconcelos

Moradores de Fazendinhas Baú, em Pompéu/MG, lutam pelo direito à água - Foto: Divulgação/Sisema

Fazendinhas Baú, que fica no município mineiro de Pompéu, foi uma das várias comunidades atingidas pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho.  Passados quase cinco anos do crime socioambiental na bacia do Rio Paraopeba, os 600 moradores do território reclamam de falta de água limpa e descaso da mineradora.

“Era um paraíso e se transformou em um deserto. A gente não tem mais nada. O que a gente tinha plantado, hoje não pode ser regado. O que a gente rega, não pode ser colhido. Se for colhido, não pode ser consumido. A gente tem medo”, lamenta Cristina Aparecida Moreira Pereira, uma das atingidas da comunidade.

Antes do rompimento, Cristina passava os fins de semana com a família em Fazendinhas Baú, mas, hoje, segundo ela, as boas memórias ficaram apenas nas lembranças. A atingida relata que o que a Vale deixou no território foi um rastro de destruição, ao contaminar o rio, uma fonte de renda e lazer para a comunidade.

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“Os pescadores hoje não vivem mais da pesca, é muito triste isso. Hoje, se você quer comer uma alface, uma cebolinha, uma mostarda e uma couve, você tem que ir ao supermercado e, mesmo assim, com receio e com medo, pensando: ‘será que veio de onde?’. A gente não tem água para beber, a gente não pode comer peixe”, relata Cristina.

As casas são abastecidas por meio de um sistema de captação de poços artesianos e bombeamento, administrado por uma empresa local. Desde o rompimento da barragem, os moradores desconfiam da qualidade da água que recebem.

“Os animais têm bem mais valor do que eu”, diz atingido de 65 anos

José Maria de Paula foi morar em Fazendinhas Baú em busca de qualidade de vida. Com 65 anos de idade, ele, que já foi mecânico industrial e, atualmente, é pedreiro, conta que o sonho da tranquilidade está cada vez mais distante.

“A Vale veio com essa extravagância e acabou com tudo. Eu tenho que ficar mendigando, pedindo água aos amigos. Às vezes eu vejo o caminhão de água chegando aqui para os animais e penso comigo: ‘os animais têm bem mais valor do que eu, porque eu não recebo água e eles recebem’”, conta José.

Recentemente, José relata que recebeu a visita de um trabalhador da mineradora e foi informado que a água era segura para consumo, mas continuou desconfiado.

“Eu falei que eu tomaria se ele tomasse comigo e ele disse que não queria. Eu fiquei vendo nas mãos dele uma garrafinha de água mineral. Essa água, se deixar por dez ou 15 dias dentro da caixa d'água, dá um mau cheiro terrível. É uma água grossa”, conta.

Documentário

O Instituto Guaicuy, assessoria técnica independente (ATI) que atua na região, lançou, no mês passado, um documentário sobre a realidade enfrentada pelas famílias da comunidade Fazendinhas Baú.

No filme de 17 minutos, moradores contam sobre os impactos causados pelo rompimento da barragem da Vale e como a contaminação do rio modificou seus modos de vida.

Assista

Outro lado

Procurada pela reportagem, a Vale informou que a comunidade Fazendinhas Baú é abastecida por um poço comunitário preexistente e está "fora da área de atuação" da mineradora. Além disso, a empresa diz que, ainda assim, instalou  "um sistema de tratamento de água para o poço comunitário", que foi "liberado pela vigilância sanitária municipal e está em operação e monitoramento periódico desde novembro deste ano".

A mineradora ainda informa  que a qualidade da água é monitorada por um laboratório externo e que  "apenas uma propriedade da comunidade fazia captação direta na área que está com uso restrito no Rio Paraopeba e não possui interligação com a rede de abastecimento local". Segundo a Vale, a família em questão  recebe água potável periodicamente, por meio de carros-pipa.

Editado por: Lucas Wilker
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