só em 2024

Kremlin confirma adiamento da visita de Maduro à Rússia para 2024

Anteriormente havia sido anunciado que presidente venezuelano visitaria Moscou ainda em dezembro

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Adiamento da viagem de Maduro ocorre em meio à disputa da Venezuela com a Guiana pelo território de Essequibo - Pensa Presidencial

Após anúncios de que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, visitaria a Rússia em dezembro deste ano, o Kremlin informou na última quarta-feira (20) que a visita do líder da Venezuela acontecerá em 2024. De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, o momento da visita está para ser acertado.

"As datas estão sendo acertadas. Isso não acontecerá necessariamente antes do final do ano. Mais precisamente, agora podemos dizer que isso não acontecerá antes do final do ano. Mas esta visita está na agenda. E assim que as datas forem acordadas, esta visita terá lugar", acrescentou o porta-voz.

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Em 5 de dezembro, o assistente de Vladimir Putin, Yuri Ushakov, disse que Maduro viria à Rússia em dezembro. Segundo Ushakov, a possibilidade de uma visita do presidente venezuelano à Rússia foi acordada há muito tempo. 

"Concordamos há muito tempo sobre a possibilidade da visita do Sr. Maduro a Moscou em dezembro deste ano, mas datas específicas, obviamente, confirmaremos nos próximos dias", disse Ushakov na ocasião.

Os planos do presidente venezuelano de visitar a Rússia em dezembro também foram anunciados pelo embaixador do país em Moscou, Jesus Rafael Salazar Velázquez. De acordo com o diplomata, Maduro pretende discutir com o presidente russo, Vladimir Putin, a cooperação russo-venezuelana, que inclui 15 áreas diferentes.

Foi anunciado que, em primeiro lugar, a visita de Maduro se daria na capital de Moscou, mas é possível que o presidente da Venezuela queira visitar outras cidades e regiões da Federação Russa.

O adiamento da viagem ocorre em meio à crise entre a Venezuela e a Guiana por conta da disputa pelo território do Essequibo. No último dia 14 de dezembro, os dois países se comprometeram a não ameaçarem ou utilizarem a força um contra o outro em um sinal de diminuição da tensão. A expectativa é que os líderes voltem à mesa de negociações nos próximos meses.

Em 8 de dezembro, quando a visita de Maduro ainda estava programada, o G1 relatou que anuncio da viagem a Moscou em meio à crise com a Guiana teria causado um incômodo no Palácio do Planalto. Segundo fontes citadas pelo veículo, a notícia da visita de Maduro à Rússia teria pegado o governo brasileiro de surpresa. O motivo da contrariedade seria um possível envolvimento da Rússia, rival dos EUA, na disputa territorial, elevando ainda mais a tensão na região. 

Edição: Rodrigo Durão Coelho