COOPERAÇÃO

Polícias de 16 países latino-americanos oferecem ajuda ao Equador diante de onda de violência

Polícia Federal brasileira estuda a instalação de um escritório no país vizinho

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Detentos rebelados na prisão Turi, em Cuenca, onde agentes penitenciários foram feitos reféns: rebeliões ocorrem em vários presídios do Equador - FERNANDO MACHADO / AFP - 8/1/2024

Representantes de forças policiais de 16 países latino-americanos se reuniram, nesta sexta-feira (12), para debater a onda de violência no Equador. A reunião, realizada por videoconferência, foi articulada pela Comunidade de Polícias das Américas - Ameripol. 

Entre as propostas elaboradas no encontro estão o intercâmbio de informações de inteligência para o enfretamento do crime organizado, a disponibilização de equipamentos de inteligência, o apoio na identificação dos presos do sistema penitenciário equatoriano e a oferta de cursos de descapitalização do crime organizado. 

Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal brasileira, é o secretário-executivo da entidade. Ele também tratou com a ministra de Relações Exteriores do Equador a possibilidade de abrir um escritório da PF no país, para facilitar a cooperação. 

Nos últimos dias, o Equador enfrenta uma série de ataques organizados por facções criminosas. Treze pessoas já morreram, em meio aos motins, sequestros e confrontos. 

Movimentos populares e entidades sindicais afirmam que a onda de violência no país é resultado do enfraquecimento das políticas públicas e do desmonte do Estado

Desde a eleição presidencial, no ano passado, que o país enfrenta problemas na segurança pública. Um dos candidato, Fernando Villavicencio, foi assassinado durante campanha eleitoral. Outras lideranças políticas sofreram atentados. 

Adolfo Macías Villamar, conhecido como "Fito", líder do grupo criminoso Los Choneros, fugiu da prisão no último domingo (7). Ato contínuo, rebeliões foram registradas em vários presídios do país, com agentes penitenciários sendo feitos reféns. 

Desde então, vários incidentes, como explosões e sequestros de policiais, foram registrados em diferentes localidades do país. 

Com informações da Agência Brasil

Edição: Thalita Pires