onda de violência

Funcionários carcerários são libertados no Equador

Mais de 170 profissionais foram feitos reféns em prisões do país desde que a onda de violência começou

São Paulo (SP) |
Com estado de exceção e "conflito armado interno", presença militar é forte nas ruas do Equador - Stringer / AFP

Todos os reféns de prisões do Equador foram libertados na noite de sábado (13). A informação foi divulgada neste domingo (14) pela autoridade que administra as prisões no país (Snai). Entre os libertados estão guardas e funcionários administrativos de sete prisões.

Na rede social X, o presidente do país, Daniel Noboa, cumprimentou as forças de segurança e o Exército após a soltura dos reféns. Após a soltura, eles foram encaminhados para avaliações médicas.

Desde o início da nova onda de violência, mais de 170 funcionários carcerários foram feitos reféns. Na manhã do sábado (13), o Snai divulgou que 133 pessoas continuavam em poder dos criminosos.

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A atual crise no Equador começou no último domingo (7), quando um dos líderes criminosos mais perigosos do país fugiu da prisão. Na terça-feira (9), homens armados invadiram uma emissora de TV estatal e fizeram reféns, que foram libertados no mesmo dia pela polícia. 

Daniel Noboa decretou estado de exceção e "conflito armado interno". O país está sob toque de recolher das 23h às 5h e conta com forte presença militar nas ruas. 

Antes disso, o país já havia passado por momentos de tensão no ano passado. Durante a campanha eleitoral, o candidato à presidência Fernando Villavicencio foi assassinado, e houve atentados contra outros políticos. Nos últimos cinco anos, a taxa de homicídios por 100.000 habitantes passou de 6 para 46. Pesquisas de opinião mostraram que a segurança era a principal preocupação dos eleitores.

 

Edição: Raquel Setz