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Início Política

EDUCAÇÃO

A redação do Enem, os desafios para a educaçãoe pública e a invisibilidade do trabalho das mulheres

Em Pernambuco, dois estudantes tiraram nota mil na redação, ambos da rede privada de ensino.

19.jan.2024 às 15h16
Atualizado em 06.fev.2024 às 15h16
Recife (PE)
Iyale Tahyrine

Provas do 'Enem dos Concursos' serão aplicadas no dia 5 de maio - Divulgação

Em 16 de janeiro o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou o resultado da redação  do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)  de 2023. O tema foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. Ao todo, 60 candidatos de todo o Brasil atingiram a nota 1.000, que é a nota máxima na prova.

A região que concentra o maior número de notas mil é a região Nordeste, com destaque para o Rio Grande do Norte, onde 6 estudantes alcançaram tal resultado. Em Pernambuco, dois estudantes da rede particular de ensino conseguiram nota mil. No país, apenas 4 dos candidatos que alcançaram a nota máxima vieram da escola pública, ainda que 46,7% dos 2,7 milhões de participantes da prova fossem da rede pública. 

A secretária para assuntos educacionais do Sindicato dos Trabalhadores da Educação  de Pernambuco (SINTEPE), Marília Cibelle, afirma que a baixa contribuição para as notas máximas na redação é resquício da pandemia, mas também da política educacional adotada desde o governo Temer e aprofundada com o governo Bolsonaro, que esvaziou o Ministério da Educação com a retirada de investimentos.

De acordo com o Inep, metade dos jovens que concluíram o ensino médio em 2023 participaram do exame. Mas quando se observa apenas o ensino público, o número é um pouco menor: 46% dos estudantes concluintes de escolas públicas fizeram o Enem 2023.

A diretora da cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), Maya de Sena, aponta que os últimos resultados do Enem têm escancarado as desigualdades entre o  ensino público e privado, principalmente porque esta juventude que está nas escolas públicas “tem que se dividir entre estudar e trabalhar, priorizando cada vez mais o trabalho”. Portanto, não conseguirem se preparar adequadamente.

Diante dos dados que apontam a dificuldade dos estudantes concluírem o ensino médio nos últimos anos, o Governo Federal criou o Programa Pé de Meia, que consiste em um incentivo financeiro para estimular a permanência no Ensino Médio e a realização do Enem pelos estudantes da rede pública de ensino.

Marília Cibelle acredita que o programa “vai impulsionar, mas não podemos esquecer que não se assegura a permanência desses estudantes na sala de aula se não garantir condições de trabalho para esse professor, se não garantir para ele uma carreira e atrair jovens para a docência, para a licenciatura”.

No âmbito estadual, a diretora do SINTEPE aponta que as poucas notas máximas na redação refletem a ausência de uma política educacional direcionada. Pernambuco é o estado que mais possui escolas em tempo integral, “mas a gente vê que isso não se reflete na retomada das políticas de valorização dos trabalhadores e na política de permanência desses estudantes”, conclui.

Invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pelas mulheres

Como de costume, o tema da redação do Enem foi assunto de debate no fim de 2023. A questão da invisibilidade do trabalho do cuidado realizado pelas mulheres dividiu opiniões houve incompreensões sobre a relevância da questão.

Para Betânia Ávila, socióloga e militante da ONG feminista SOS Corpo, essa é uma grande questão para a sociedade, pois faz parte do cotidiano e “é também um trabalho que do ponto de vista do sistema que a gente vive – esse sistema capitalista, racista e patriarcal -, é um trabalho cuja invisibilidade favorece a acumulação capitalista. Porque o fato dele não ser visto, faz ele não ser valorizado, não ser entendido como um trabalho.” Ela ressalta a importância do tema ter sido colocado para milhares de jovens refletirem sobre a questão.

A média nacional das redações foi de 641,6, o que pode indicar uma dificuldade dos estudantes em dissertarem sobre o tema. “Acho que é uma forma de aprendizado, porque a reflexão sobre algo, escrever sobre algo, é uma maneira de você dizer o que sabe, mas há um momento de compreensão que eleva o seu grau de conhecimento e também de sensibilidade sobre aquela temática”, conclui.

Diante da média, Maya de Sena lembra que essa juventude que fez o Enem 2023 é a mesma que vivenciou a implementação do Novo Ensino Médio, projeto educacional que secundariza a reflexão política e social dentro das escolas. “Eles não têm essa formação, não são provocados a pensar. Como que a gente supera isso?!", indaga.

O desafio, não só para juventude, mas para a sociedade, é a produção de conhecimento crítico, que se proponha a uma análise da realidade social e a formulação de políticas públicas que garantam a realização do trabalho reprodutivo e do trabalho do cuidado a partir da vivência e produção das mulheres.

Editado por: Vinicius Sobreira
Tags: PERNAMBUCOTrabalho
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