Celebração

MST realiza série de atividades em comemoração aos 40 anos de existência nesta segunda (22)

Estão previstas atividades comemorativas nas cinco regiões do país

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
A celebração tem como objetivo revisitar a memória, mas também de festejar e comemorar a existência - Douglas Mansur/MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza uma série de atividades para comemorar os 40 anos de existência, celebrado nesta segunda-feira (22). A data marca o 1º Encontro Nacional, em Cascavel, no estado do Paraná, em 1984. 

Ao longo desta segunda-feira, o movimento realizará plantio de árvores, criação de bosques, atividades pedagógicas nas escolas do campo recuperando a memória e história de luta, além de eventos festivos com música e mística. Na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema, na Região Metropolitana de São Paulo, haverá seminários, estudos em salas de aula sobre a história do MST e outras atividades recreativas em torno da data. 

Nas palavras de Rosmeri Witcel, da direção nacional do MST, a celebração tem como objetivo revisitar a memória, mas também de festejar e comemorar a existência. “Para nós é importante comemorar porque nesses 40 anos fomos aprendendo com nossa própria história, temos métodos de luta, princípios organizativos e buscamos o cultivo de valores humanistas”, afirma.  

“Celebrar nos traz ainda mais o desafio de continuarmos preservando a natureza, a terra e a diversidade como sinal da vida. Celebrar o aniversário tem o significado de estarmos vivos, cultivando a luta, valores humanistas e produzindo alimentos saudáveis para alimentar muitos povos.” 

Após 40 anos de existência, o saldo do MST é expressivo: está organizado em 24 dos 27 estados brasileiros; tem 400 mil famílias assentadas e cerca de 70 mil famílias acampadas; e organiza cerca de 1,9 mil associações, 185 cooperativas e 120 agroindústrias que atuam na produção, beneficiamento e comercialização da produção da Reforma Agrária Popular

A nível nacional, são pelo menos 15 cadeias produtivas principais, onde mais de 1,7 mil itens são comercializados em feiras, nos armazéns do campo, supermercados e distribuídos nas escolas públicas, hospitais e nas ações de solidariedade do movimento.  

Edição: Vivian Virissimo