DESASTRE NATURAL

Incêndios devastam mais de 7 mil hectares de florestas na Amazônia colombiana

O presidente Gustavo Petro anunciou que os Estados Unidos, Chile, Peru e Canadá responderam ao seu pedido de ajuda

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A Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (Ungrd) detalhou que em janeiro foram relatados 278 incêndios, dos quais 20 ainda estão ativos, 12 já foram controlados e 245 foram extintos - EFE

A Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (Ungrd) informou na quinta-feira (25), que os incêndios florestais que se intensificaram em várias regiões da Colômbia devastaram cerca de 7.401 hectares de florestas desde novembro passado, quando começou a incidência do fenômeno climático El Niño.  

Em janeiro, foram relatados 278 incêndios, dos quais 20 continuam ativos, 12 já foram controlados e 245 foram completamente extintos. Um deles ocorreu no Páramo de Berlín, no departamento de Santander, que faz parte do complexo parâmetro de saturbán, essencial para o abastecimento de água potável do nordeste do país.  

O governador de Santander, Juvenal Díaz, declarou: “O incêndio no Páramo foi controlado, não há fogo, esperamos que continue assim e não se reative. Obrigado a todos que ajudaram nesta tarefa. Agora começaremos a tarefa de recuperação”.  

No entanto, os incêndios mais preocupantes são as das colinas orientais em Bogotá, deixando que o fumo se espalhe pela capital, afetando a qualidade do ar e as operações aéreas, e os de Nemocón, uma cidade de Cundinamarca, próxima à capital, onde as chamas devoraram dezenas de hectares de vegetação. 

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Em Bogotá, a situação parece estar melhorando, enquanto o prefeito Carlos Fernando Galán afirmou que o incêndio na colina El Cable, o maior de toda a cidade, foi assistido por 422 pessoas durante todo o dia e foram realizadas 81 descargas aéreas de água com helicópteros. “Durante a noite, 197 pessoas trabalharam (…) por enquanto não há risco para as casas próximas”, afirmou. 

Além disso, o prefeito anunciou medidas para combater a poluição do ar no sudoeste da cidade, incluindo um alerta de zona, bem como a extensão da medida de pico e placa - que restringe o tráfego de veículos - aos sábados. 

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou na quinta-feira (25) que os Estados Unidos, Chile, Peru e Canadá responderam ao pedido de ajuda internacional que ele fez ontem para combater os incêndios, que também foi enviado à União Europeia (UE) e à ONU. 

“A humanidade desenvolveu alguns mecanismos de solidariedade (…) vamos ativá-los (…) Neste momento, em nosso continente, Estados Unidos, Chile e Peru são os países que já responderam, e o Canadá no último instante que tem uma enorme experiência”, disse Petro em Tumaco, cidade do Pacífico que se tornou a sede do Executivo durante esta semana. 

O governo convocou na noite de quarta-feira (24) o comitê nacional para a gestão de riscos, no qual foi oficializada a decisão de declarar a situação de desastre e calamidade, que permitirá a realocação de recursos orçamentários para amenizar os incêndios, garantir o acesso à água potável e as operações aéreas que atendem aos focos de fogo.